Reservatório em Caicó opera em volume morto e apresenta impactos para pescadores e agricultores.
Com menos de 1% de água, açude Itans registra mortandade de peixes
O açude Itans, localizado em Caicó, na Região Seridó do Rio Grande do Norte, registrou mortandade de peixes nos últimos dias. Pescadores da área relataram a situação e divulgaram imagens que mostram os animais mortos às margens do reservatório.
De acordo com o relatório mais recente do Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte (Igarn), o Itans apresenta apenas 0,09% de volume de água em relação à capacidade total de armazenamento, que é de 75 milhões de metros cúbicos. Com esse nível, o reservatório é considerado em volume morto.
Histórico do reservatório
A última sangria do açude Itans ocorreu em 2009. Há alguns anos, o reservatório deixou de ser responsável pelo abastecimento da cidade de Caicó, que passou a receber água por meio da adutora Manoel Torres, ligada ao Rio Piranhas, em Jardim de Piranhas.
Segundo o Igarn, a mortandade de peixes está diretamente relacionada ao baixo nível de água, que compromete a qualidade e a oxigenação necessária para a sobrevivência das espécies.

Impactos para agricultores e pescadores
A situação também afeta agricultores da região que dependem do açude para irrigação. Com o nível crítico, produtores relatam dificuldades para manter as plantações. Trabalhadores têm recorrido a métodos improvisados para captar pequenas quantidades de água, como escavações nas margens do reservatório.
O cenário reforça os impactos da estiagem prolongada no Seridó, região que enfrenta desafios recorrentes relacionados à escassez hídrica. A falta de chuvas e a redução dos volumes nos reservatórios têm exigido medidas emergenciais para garantir o abastecimento humano e minimizar prejuízos à produção agrícola.
Monitoramento e medidas
O Igarn segue monitorando os níveis dos reservatórios do estado e alerta para a necessidade de uso racional da água. O órgão também reforça que a situação do Itans é crítica e depende de chuvas significativas para recuperação.
Foto: Reprodução/Carmem Felix /Assecom/RN/EMPARN
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