Dermatologista alerta sobre consequências do câncer de pele e orienta quanto a sintomas, prevenção e ao método ABCDE

Dermatologista alerta sobre consequências do câncer de pele e orienta quanto a sintomas, prevenção e ao método ABCDE

Especialista da UnP/Inspirali explica sinais do câncer de pele, riscos do diagnóstico tardio e reforça cuidados preventivos durante todo o ano

Dermatologista alerta sobre consequências do câncer de pele e orienta quanto a sintomas, prevenção e ao método ABCDE

O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Embora seja amplamente prevenível, essa neoplasia continua registrando aumento no número de casos ano após ano. A proximidade do verão, período em que a exposição solar tende a aumentar, torna o tema ainda mais urgente e reforça a necessidade de cuidados com a pele.

A dermatologista Emanuela Menezes, professora de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), integrante da Inspirali, Ecossistema que atua na gestão de 15 escolas médicas em diversas regiões do Brasil, explica os principais sinais da doença, suas possíveis consequências e as medidas fundamentais para a prevenção.

Segundo a especialista, o câncer de pele pode se manifestar de diferentes formas, sendo os principais tipos o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. “Quando não diagnosticados cedo, esses tumores podem invadir tecidos mais profundos, causar deformidades, exigir cirurgias extensas e, no caso do melanoma, levar a metástases e risco significativo de morte. Por isso, é crucial que o diagnóstico seja feito nas fases iniciais”, alerta.

Além das manchas e pintas alteradas, Emanuela ressalta que outros sinais também merecem atenção. “Feridas que sangram com facilidade, crostas persistentes, regiões ásperas que descamam ou áreas dolorosas ao toque são sintomas comuns dos carcinomas. Já o melanoma costuma surgir como uma pinta escura de rápida evolução”, esclarece a docente da UnP/Inspirali.

A médica destaca ainda que algumas áreas do corpo são frequentemente esquecidas no uso de protetor solar, apesar de estarem entre as mais expostas e vulneráveis, como orelhas, pescoço, dorso das mãos, antebraços, ombros, peitos dos pés e couro cabeludo em pessoas calvas. “Essas regiões concentram grande parte dos diagnósticos justamente porque ficam desprotegidas diariamente”, acrescenta. Outros fatores como histórico familiar, pele clara, queimaduras solares repetidas e uso de câmaras de bronzeamento artificial, proibidas no Brasil, aumentam o risco para desenvolvimento da doença.

Método ABCDE

Como técnica simples e acessível de autoavaliação, que ajuda a população a identificar pintas ou manchas que podem sugerir suspeita, a dermatologista lembra do Método ABCDE, uma regra prática utilizada para observar alterações na pele. Ela salienta que o método não serve para diagnosticar câncer, mas para alertar o paciente sobre sinais que merecem avaliação especializada, especialmente em casos de pintas que mudam de cor, tamanho, formato, relevo ou quando surge uma lesão nova que antes não existia.

Assimetria: quando uma metade da pinta é diferente da outra;

Bordas: irregulares, serrilhadas ou mal definidas;

Cor: presença de mais de uma cor na mesma lesão;

Diâmetro: maior que 6 mm ou crescimento rápido;

Evolução: qualquer mudança no tamanho, formato, cor ou sintomas, como coceira ou sangramento.

“Se qualquer um destes critérios for percebido, é essencial procurar atendimento dermatológico. O ABCDE ajuda muito na triagem, mas o diagnóstico definitivo é sempre médico, baseado no exame clínico e, quando necessário, na biópsia da lesão”, frisa.

Cuidados

Quando o assunto é prevenção, Emanuela Menezes destaca medidas que devem ser seguidas durante todo o ano, e não apenas na estação mais quente. Entre as orientações recomendadas estão:

·         Uso diário de protetor solar com FPS 30 ou superior, mesmo em dias nublados e dentro de ambientes fechados (em casa ou no trabalho);

·         Reaplicação a cada duas horas ou após sudorese intensa e mergulho na praia ou na piscina;

·         Uso de barreiras físicas, como chapéus, roupas com proteção UV e óculos escuros;

·         Evitar exposição ao sol entre 10h e 16h, período de maior radiação ultravioleta;

·         Hidratação adequada e cuidado extra em ambientes muito secos;

·         Acompanhamento dermatológico anual, especialmente para quem tem muitos sinais ou histórico familiar.

“O câncer de pele é, em grande parte, evitável. A proteção adequada, aliada ao diagnóstico precoce e à avaliação de qualquer alteração suspeita, é o caminho mais eficaz para reduzir casos e salvar vidas”, conclui a docente da UnP/Inspirali.

Foto: Divulgação

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