Sindicato confirma falhas em equipamentos, paralisação de trabalhadores e denúncias sobre alimentação e descarte de resíduos
O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, principal unidade pública de urgência e emergência do Rio Grande do Norte, voltou a enfrentar problemas relacionados à estrutura e ao funcionamento interno. As informações foram confirmadas nesta terça-feira (16) pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindaúde/RN).
De acordo com o sindicato, a unidade apresenta falhas recorrentes nos elevadores, paralisação de maqueiros e trabalhadores da lavanderia, além de denúncias envolvendo a alimentação oferecida e o descarte de resíduos hospitalares. Os problemas teriam impacto direto na rotina assistencial e nas condições de trabalho dos profissionais.

Segundo relatos da categoria, durante a madrugada desta terça-feira, os elevadores voltaram a apresentar falhas, impedindo a transferência de pacientes entre setores do hospital. Entre os locais afetados está o Centro Cirúrgico (CC). Conforme informado, ao menos 29 pacientes deixaram de ser transferidos em razão da indisponibilidade dos equipamentos.
Ainda de acordo com os trabalhadores, a situação envolvendo os elevadores não é recente. O problema, segundo o sindicato, vem sendo registrado há meses e, nos últimos períodos, passou a ocorrer de forma frequente. Um dos relatos aponta que pacientes permaneceram na sala de recuperação pós-operatória mesmo havendo vagas disponíveis em enfermarias, devido à impossibilidade de transporte interno.
O cenário se agravou com o início da greve dos maqueiros, deflagrada nesta terça-feira por falta de pagamento. Com a paralisação, a alternativa de transportar pacientes pelas escadas — prática que vinha sendo adotada de forma improvisada quando os elevadores não funcionavam — deixou de ser utilizada.

Profissionais que atuam na unidade informaram que apenas um elevador estaria funcionando, ainda assim de forma instável, enquanto outro permaneceria totalmente inoperante. A situação afeta não apenas o transporte de pacientes, mas também a rotina de trabalhadores de setores como o laboratório, que precisam se deslocar entre os andares por meio das escadas ao longo dos plantões.
Além das questões estruturais, há denúncias relacionadas às condições de trabalho e à assistência prestada. Segundo os relatos, o descarte de resíduos hospitalares continua sendo realizado em frascos plásticos, prática apontada pelos profissionais como inadequada para o tipo de material descartado.
Outro ponto levantado pelo sindicato diz respeito à alimentação fornecida a pacientes e funcionários. De acordo com as informações repassadas, o cardápio do jantar estaria fora dos padrões recomendados, especialmente para pessoas que necessitam de dietas específicas, como diabéticos e hipertensos.
Também foram relatados episódios envolvendo a qualidade dos alimentos servidos. Conforme informado, no último domingo (14), teriam sido encontradas larvas em proteínas destinadas às refeições, além de carne em condições inadequadas para consumo. As denúncias foram comunicadas por trabalhadores que atuam na unidade.
Fotos: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração
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