Lula diz que governo federal não discute segurança pública sem aprovação da PEC da Segurança

Lula diz que governo federal não discute segurança pública sem aprovação da PEC da Segurança

Presidente afirma que Constituição não atribui competência à União

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (17) que o governo federal não atua diretamente na área de segurança pública por falta de competência constitucional. Segundo o presidente, a Constituição Federal não atribui à União o papel de interferir na segurança pública, responsabilidade que, de acordo com o texto constitucional vigente, cabe majoritariamente aos estados.

A declaração foi feita durante agenda pública, quando Lula voltou a defender a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública como condição para ampliar a atuação do governo federal no setor. De acordo com o presidente, a aprovação da emenda permitiria definir de forma clara as atribuições da União na área.

Lula afirmou que a ausência de competências constitucionais é o principal motivo pelo qual o governo federal não conduz discussões estruturais sobre segurança pública. Segundo ele, somente após a alteração constitucional será possível estabelecer políticas federais mais amplas e criar uma nova estrutura administrativa voltada ao tema.

Durante a fala, o presidente reiterou que, caso a PEC da Segurança Pública seja aprovada pelo Congresso Nacional, o governo pretende criar o Ministério da Segurança Pública. A pasta teria como objetivo coordenar ações federais no setor, com base nas atribuições que venham a ser definidas pela emenda constitucional.

A proposta de criação do ministério já havia sido mencionada anteriormente pelo presidente, sempre condicionada à aprovação da PEC. Segundo Lula, a definição clara do papel da União é necessária para evitar conflitos de competência entre os entes federativos.

A Constituição Federal de 1988 estabelece que a segurança pública é dever do Estado e direito de todos, sendo exercida por meio de órgãos federais, estaduais e municipais, com atribuições específicas. Atualmente, a atuação da União se concentra principalmente em áreas como a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional, além de ações de cooperação com estados.

A PEC da Segurança Pública, defendida pelo governo, busca redefinir ou ampliar o papel da União nesse contexto. O texto ainda precisa tramitar no Congresso Nacional, onde deverá ser analisado por comissões e votado em dois turnos na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

Além do tema da segurança pública, Lula também abordou, durante a mesma agenda, a dificuldade de ministros do governo em discutir temas relacionados à violência contra a mulher. Segundo o presidente, ministros homens enfrentam obstáculos ao tratar do assunto em diálogo com a ministra das Mulheres, Márcia Lopes.

O presidente mencionou que o tema da violência contra a mulher exige abordagens específicas e destacou a complexidade das discussões internas no governo sobre o assunto. A declaração ocorreu no contexto de uma avaliação sobre a atuação ministerial em pautas sociais.

Ainda durante a fala, Lula comentou o cenário político e as eleições presidenciais previstas para 2026. O presidente afirmou que possíveis adversários ainda não apresentaram propostas novas aos eleitores. Segundo ele, ainda não foram identificadas novidades nos discursos dos nomes que podem disputar o cargo.

Lula não citou adversários específicos, nem detalhou possíveis propostas de campanha. A declaração ocorreu de forma genérica, no contexto de uma avaliação sobre o ambiente político nacional e as perspectivas eleitorais.

As declarações do presidente foram feitas em um momento em que o governo busca avançar em pautas estruturais no Congresso, incluindo propostas de emenda constitucional e projetos considerados prioritários pelo Palácio do Planalto.

A PEC da Segurança Pública segue como uma das iniciativas mencionadas pelo presidente como fundamentais para redefinir o papel do governo federal no enfrentamento à criminalidade e na coordenação de políticas públicas relacionadas à área.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil / Ricardo Stuckert / PR / Marcelo Camargo/Agência Brasil

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