Carta do presidente da Anvisa foi escrita após Bolsonaro questionar o interesse do órgão em aprovar as vacinas para crianças.
Durante entrevista a uma rádio e que foi retransmitida em suas redes sociais, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) negou ter acusado o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, de corrupção. “Eu me surpreendi com a carta dele. Carta agressiva, não tinha motivo para aquilo. Eu falei o que estava por trás do que a Anvisa vem fazendo. Não acusei ninguém de corrupção. Por enquanto, não tenho nada que fazer no tocante a isso aí”, disse Bolsonaro.
Bolsonaro também avaliou o trabalho da agência e comentou sobre a nomeação de Barra Torres para o cargo, que ocorreu no início do seu governo. “Eu acho que a Anvisa, acredito que o trabalho poderia ser diferente. Eu o nomeei para lá. Depois da nomeação, ele ganhou luz própria. Eu espero que ele acerte na Anvisa. Mas nós não tivemos nenhum atrito a ponto tal de ele falar que eu tinha que indicar qualquer indício de corrupção”, considerou o presidente.
No último sábado (8.jan.2022), o presidente da Anvisa, Barra Torres, divulgou uma nota direcionada ao presidente Bolsonaro em que nega a existência de interesses ocultos por trás da aprovação da vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19. Barra Torres pediu retratação ao presidente Bolsonaro sobre fala relacionada ao assunto e solicitou que se o presidente tiver informações que indiquem corrupção deveria determinar investigação policial.
Na semana passada, Bolsonaro havia dito, também entrevista a uma rádio, que tinha questionamentos sobre a aprovação da vacina da Pfizer pela Anvisa contra o novo coronavírus para crianças. “Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí?”, perguntou o presidente.
Foto: Alan Santos/PR/Ilustração
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