Ação contou com a participação de mais de 200 policiais
Uma operação conjunta entre o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Polícia Militar (PM), a Secretaria Estadual da Administração Penitenciária (Seap) e a Força Nacional (FN) cumpriu 13 mandatos de prisão contra pessoas suspeitas de integrar o Sindicato do Crime do RN (SDC), organização criminosa vinculada aos ataques criminosos em todo o estado desde a terça-feira (14.mar.2023).
A operação Sentinela, que ocorreu em Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Macaíba, Canguaretama, Bom Jesus, Santo Antônio, Caiçara do Norte, Acari e Macau, cumpriu 13 mandados de prisão e 26 de busca e apreensão. Entre as 13 pessoas presas, uma é mulher. Dentro da facção, elas são conhecidas como “cunhadas” – mulheres de faccionados que acabam integrando a organização criminosa.
A ação resultou também na prisão de dois homens em flagrante, além da apreensão de armas, drogas, telefones celulares, documentos e dinheiro. Cinco mandados de prisão não foram cumpridos, totalizando 18 prisões decretadas na operação Sentinela. Essas pessoas já são consideradas foragidas da Justiça.
A operação Sentinela contou com a participação de três promotores de Justiça, 16 servidores do MPRN, 60 policiais federais, 31 policiais rodoviários federais, 96 policiais militares e 24 policiais penais. Dois helicópteros das forças de segurança do RN prestaram apoio à ação.
A maioria dos presos na operação Sentinela já tem condenação por envolvimento com organização criminosa, tráfico de drogas, roubos e homicídios, sendo que alguns deles cumpriam pena em regime semiaberto, com uso de tornozeleiras eletrônicas. Foi constatado que alguns dos presos violaram o sistema de monitoramento eletrônico, coincidentemente antes e durante os ataques registrados nos últimos dias.
As investigações que resultaram na deflagração da operação Sentinela apontam que as pessoas presas na ação desta quarta são lideranças da organização criminosa em liberdade que exercem ou exerceram funções relevantes para a facção.
As pessoas presas na operação Sentinela são investigadas por constituírem e integrarem organização criminosa, o que tem pena prevista de reclusão de 3 a 8 anos. As penas, caso condenadas, podem ser aumentadas até a metade por uso arma de fogo; agravada para as pessoas que forem identificadas como líderes sobre os demais faccionados; e ainda ampliada pela conexão com outras organizações criminosas.
Foto: Divulgação
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