Após a prisão de Waelinton, sua defesa entrou com recurso buscando sua soltura
Um caso de prisão injusta chama a atenção no Rio de Janeiro. A família de Waelinton Gonçalves dos Santos afirma que ele foi detido erroneamente no lugar de seu irmão, Wando Gonçalves dos Santos, responsável por uma série de crimes no Rio Grande do Norte. Apesar das evidências, Waelinton está há 45 dias preso em São Gonçalo, enquanto seu irmão encontra-se em liberdade.
O caso foi divulgado nessa sexta-feira (30.jun.2023) pelo portal G1 RJ.
Waelinton, de 33 anos, trabalhava em uma empresa de construção civil em São Conrado e foi detido enquanto almoçava. Sua esposa, Micheli Santos, declara que ele é inocente e está sendo punido por algo que não cometeu. Segundo a defesa, o verdadeiro culpado pelos crimes de roubo, porte de arma e homicídio é Wando, que utilizou o nome de seu irmão para cometer os delitos.
De acordo com o advogado da família, Diego Moreira Saldanha, o verdadeiro Waelinton mudou-se para o Rio de Janeiro em janeiro de 2015 e logo encontrou emprego com carteira assinada. Enquanto isso, Wando estava preso por roubo a uma farmácia em Natal, ocorrido em outubro de 2014, tendo se passado pelo irmão. Ele foi solto em maio de 2015.
O advogado enfatiza a impossibilidade de uma pessoa estar presa no Rio Grande do Norte e, ao mesmo tempo, trabalhando formalmente no Rio de Janeiro. Em agosto de 2015, o verdadeiro Waelinton trocou de emprego no RJ, novamente com carteira assinada. Nessa mesma época, um suspeito que se identificou como Waelinton foi baleado em um confronto policial em Natal, após tentar cometer um roubo em conjunto com outros três menores. Esse suspeito fugiu do hospital e nunca foi oficialmente identificado.
O terceiro crime, um homicídio, ocorreu no final de agosto. No entanto, Waelinton estava em lua de mel no Rio de Janeiro na época. A defesa questiona como seria possível que ele saísse da cidade em lua de mel, cometesse um assassinato no Rio Grande do Norte e retornasse ao RJ.
Após a prisão de Waelinton, sua defesa entrou com recurso buscando sua soltura. Inicialmente, o juiz responsável pelo caso de homicídio negou o pedido. No entanto, após uma manifestação favorável do Ministério Público, a prisão foi revogada no dia 27. No processo referente ao porte ilegal de arma, o juiz reconheceu que a pessoa detida e posteriormente fugida não foi devidamente identificada, resultando na emissão de um segundo alvará de soltura para Waelinton, em 23 de junho.
Ainda que aguardem questões burocráticas, já que Waelinton está preso no RJ enquanto os processos tramitam no RN, a defesa está confiante de que ele será libertado em breve.
Foto: Reprodução
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