Atualmente, pelo menos quatro pessoas estão detidas, incluindo o casal responsável pelo planejamento do crime
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte concluiu a investigação do assassinato da comerciante Flávia Magalhães da Rocha, ocorrido em abril de 2020 em Mossoró, no Oeste potiguar, e apontou que a mulher foi morta por inveja. De acordo com a corporação, a maioria dos suspeitos já foi identificada. As informações foram divulgadas pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) nesta segunda-feira (10.jul.2023).
O crime ocorreu na Rua Raimundo Firmino, no bairro Teimosos, por volta das 12h40. Dois indivíduos chegaram de carro à farmácia de Flávia e dispararam várias vezes contra ela, utilizando armas de calibre 9 milímetros e .40. Embora o crime tenha sido executado por uma dupla, pelo menos seis autores intelectuais, incluindo uma mulher, estariam envolvidos. Eles têm ligações com uma organização criminosa atuante no tráfico de drogas no município.
A Delegacia Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor) de Mossoró já vinha investigando a organização em questão. Segundo a polícia, um dos suspeitos teria fornecido informações sobre o local de trabalho da vítima, outro teria providenciado as armas e um terceiro teria arranjado o veículo utilizado pelos executores. Dias antes do assassinato, os criminosos já haviam visitado o local para fazer um levantamento sobre Flávia.
A delegada Cristiane Magalhães, da DHPP Mossoró, revelou que a ordem para matar Flávia foi dada em 2 de fevereiro de 2020. A motivação do crime foi confirmada em depoimento pela mulher apontada como uma das autoras intelectuais, que teria planejado o assassinato juntamente com seu marido, um traficante de drogas, e os demais suspeitos.
Atualmente, pelo menos quatro pessoas estão detidas, incluindo o casal responsável pelo planejamento do crime. Segundo a delegada, os suspeitos deverão responder por homicídio qualificado por motivo torpe, por meio cruel e pela impossibilidade de defesa da vítima. O inquérito policial foi concluído e será encaminhado ao Judiciário para a abertura do processo penal contra os envolvidos.
Foto: Divulgação
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