Governador do Rio Grande do Sul discute desafios políticos e avalia governo Lula em evento no RN
Na última sexta-feira (18.ago.2023), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), esteve no Rio Grande do Norte para concluir o ciclo de discussões intitulado “Diálogos Tucanos pelo Brasil”. O encontro aconteceu em Natal, no Versailles Recepções, onde Leite trouxe à tona temas cruciais para o cenário político atual.
Antes do encontro, o líder do PSDB nacional havia concedido uma entrevista ao jornal Tribuna do Norte, na qual abordou a repercussão das recentes declarações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e discutiu questões como a participação política regional e a distribuição de recursos da União.
Em um contexto marcado por intensas polarizações políticas, Eduardo Leite compartilhou sua visão sobre o papel dos cidadãos na busca por um país mais equilibrado e sensato. “É nosso dever e obrigação, como cidadãos, ajudar o país a ter seriedade, razoabilidade, equilíbrio e bom senso para poder olhar para o futuro com confiança”, afirmou Leite.
Com suas pretensões presidenciais para 2026, ele também abordou assuntos diversos, incluindo o caso Jean Wyllys, questões fiscais, reforma tributária e, especialmente, o primeiro semestre do governo Lula e o recém-lançado PAC 3.
Quando questionado sobre sua avaliação em relação ao governo Lula até o momento, Leite destacou um progresso institucional nas relações com os estados. No entanto, ressaltou divergências em relação à economia e modernização da administração pública. O governador criticou o enfoque do PT em estatais, chamando-o de um modelo fracassado.
“Vejo de forma institucional um avanço na relação com os estados. Não posso me queixar disso, mas mantemos divergências de como pensar a economia e a modernização da máquina pública brasileira. O PT insiste num modelo fracassado: o presidente Lula diz que tem que se dar um voto de confiança às estatais. Elas existem há mais de 60 anos e já tiveram muito voto de confiança”, afirmou Leite.
Ele salientou que a oposição feita pelo PSDB ao governo Lula não visa à destruição ou inviabilização, mas sim reflete diferenças de pensamento em várias esferas, principalmente na área econômica.
Sobre especulações de um possível cenário de “venezuelização” no Brasil, Eduardo Leite minimizou essa perspectiva como exagerada e advinda da extrema direita. Embora tenha apontado para a relação questionável entre Lula e o ditador venezuelano, ele confiou nas instituições e poderes brasileiros bem definidos e respeitados, enfatizando a solidez da constituição como um pilar fundamental para a proteção da democracia no país.
Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini
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