Relatos de vítimas e instrutores apontam para uso de armas de choque, agressões e até espancamento
Uma operação conjunta do Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Militar resgatou, nesta quinta-feira (7.dez.2023), 38 pessoas que eram mantidas em cárcere privado em um centro de reabilitação na cidade de Extremoz, na região da Grande Natal.
As vítimas, que eram dependentes químicos, relataram que eram submetidas a agressões físicas e psicológicas, incluindo a utilização de armas de choque.
Uma das vítimas, que preferiu não se identificar, disse que estava sendo maltratada há meses. “Era muita humilhação, muita agressão. Eu não aguentava mais”, contou.
Outra vítima, que também preferiu não se identificar, disse que foi obrigada a trabalhar no centro de reabilitação sem receber salário. “Eu era obrigada a bater nos outros internos. Era muito pesado”, disse.
O diretor da clínica, identificado como José Carlos, foi preso em flagrante. Ele nega as acusações e diz que a ação da polícia foi ilegal.
“Essas acusações são todas inverídicas”, disse José Carlos. “A polícia invadiu o local sem mandado judicial. Foi um abuso de autoridade”.
A polícia, por sua vez, afirma que a ação foi autorizada pelo Ministério Público.
As vítimas foram encaminhadas para uma unidade do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).
O caso será investigado pela Polícia Civil.
Foto: Divulgação
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