Doença atinge cerca de 24 mil mulheres ao ano e 90% está na faixa etária pós-menopausa; especialista esclarece importância da prevenção e do diagnóstico precoce
No Brasil, março é o mês dedicado à prevenção do câncer colorretal, condição que afeta o intestino grosso, reto e ânus, sendo esse o segundo com maior incidência entre a população feminina, atrás somente do câncer de mama. Segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), anualmente, a doença afeta 45.630 pessoas, das quais, 23.660 são mulheres com idade superior aos 50 anos em sua maioria. Os dados alertam sobre a relevância da prevenção e diagnóstico precoce para as mulheres que estão nessa faixa etária, pós-menopausa.
“Há importância em prevenir e rastrear o câncer colorretal, especialmente, nas mulheres após os 50 anos, que são o grupo mais afetado. Essa primeira atividade deve partir do estilo de vida baseado em boas práticas, com a recorrência de exercícios físicos alinhados à alimentação balanceada”, esclarece a médica ginecologista, Técia Maranhão, membro da Sociedade de Ginecologia do Rio Grande do Norte (Sogorn).
Além disso, a especialista aponta como identificar possíveis sintomas para garantir um um reconhecimento mais rápido da doença: “é necessário que o paciente conheça e compreenda o próprio corpo para identificar algo fora do normal, como o aparecimento de sangue nas fezes, a sensação de intestino preso, mesmo após a evacuação, e a perda de peso fora do padrão. Em caso de recorrência, é necessário procurar um médico gastroenterologista ou um coloproctologista imediatamente”, orienta.
Reposição hormonal como prevenção alternativa
Segundo o estudo Women’s Health Initiative (WHI), desenvolvido pelo National Institutes of Health (NIH) dos Estados Unidos, o câncer colorretal atinge mais o público feminino com idade pós-reprodutiva devido à queda dos níveis de estrogênio que ocorre durante e após o climatério, comum entre os 45 e 55 anos de idade. Neste sentido, a dra. Técia menciona a reposição hormonal como uma alternativa para a prevenção da doença.
“Quando indicada corretamente por um profissional de ginecologista, a reposição hormonal pode ajudar a compensar a diminuição dos níveis naturais de estrogênio, auxiliando na redução do risco de desenvolvimento da doença. Entretanto, é importante ressaltar que o método não é isento de riscos e contraindicações. A sua prescrição deve ser cuidadosamente avaliada, levando em consideração o histórico médico individual de cada paciente e os fatores de risco associados”, alerta a especialista.
Foto: Divulgação
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