Crise diplomática entre os países se intensifica após operação policial em Quito
Os diplomatas mexicanos deixaram o Equador neste domingo (7.abr.2024), após o rompimento das relações diplomáticas entre os dois países. A medida foi tomada em resposta à invasão da embaixada do México em Quito pela polícia equatoriana na sexta-feira (5.abr), com o objetivo de prender o ex-presidente Jorge Glas, que ali estava sob asilo político.
“Nosso pessoal diplomático deixa tudo para trás no Equador e volta para casa de cabeça erguida (…) após o assalto à nossa embaixada”, escreveu a ministra mexicana das Relações Exteriores, Alicia Bárcena, na rede social X (antigo Twitter).
O governo mexicano qualificou a operação policial como uma violação da sua soberania e do direito internacional. A ação também foi condenada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, pelo Departamento de Estado norte-americano e pela União Europeia.
Governos latino-americanos de diversas correntes políticas, como Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, entre outros, também se manifestaram contra a invasão da embaixada.
Após ser retirado da embaixada, Jorge Glas foi transferido para a prisão de segurança máxima de La Roca, em Guayaquil. Ele era procurado por desvio de fundos públicos na reconstrução da província de Manabí, após um terremoto em 2016. Glas também deveria retornar à prisão para cumprir pena por associação ilícita e suborno em casos relacionados à Odebrecht.
Glas se refugiou na embaixada mexicana em dezembro de 2023, alegando perseguição política e “lawfare”. O asilo foi concedido na sexta-feira, mas a invasão da embaixada levou ao rompimento das relações diplomáticas entre Equador e México.
Foto: Tim Mossholder/Pexels
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