Foragidos são “presos de confiança” e trabalhavam em obra dentro do presídio
Dois presos conseguiram fugir nesta terça-feira (30.abr.2024) da Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga, localizada no Complexo de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na região metropolitana de Natal. A informação foi confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), que mobilizou as forças de segurança para recapturá-los. Até o momento desta reportagem, os fugitivos continuam foragidos.
Os fugitivos foram identificados como Gustavo da Rocha Dias, 30 anos, e Ricardo Campelo da Silva, 43 anos. Segundo a Seap, ambos eram considerados “internos qualificados para serviços”, estando envolvidos em atividades laborais dentro do presídio. Eles estavam trabalhando em uma obra no momento da fuga, cujas circunstâncias estão sob investigação pela secretaria.
A Seap não divulgou detalhes sobre como ocorreu a fuga nem o horário exato do incidente. No entanto, ressaltou a importância da colaboração da população para recapturar os fugitivos, encorajando qualquer informação relevante a ser repassada através do Disque Denúncia 181 ou pelo 190.
Esta não é a primeira fuga registrada no Complexo Penitenciário de Alcaçuz. Em julho de 2021, 12 presos conseguiram escapar das instalações prisionais, evidenciando desafios persistentes na segurança do local.
Em um passado recente, Alcaçuz foi palco de um dos episódios mais violentos do sistema penitenciário brasileiro. Em 2017, uma rebelião resultou na morte de pelo menos 26 detentos, a maioria brutalmente decapitados, e na fuga de outros 56. Esse trágico evento ficou conhecido como “Massacre de Alcaçuz”.
Desde sua criação em 1998, a Penitenciária de Alcaçuz foi proposta como uma solução para os problemas enfrentados pela Penitenciária Central Doutor João Chaves, também conhecida como “Caldeirão do Diabo”, situada na Zona Norte de Natal.
Foto: Sumaia Villela/Agência Brasil
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