Boletim de Balneabilidade aponta contaminação por coliformes fecais em pontos do litoral potiguar
O litoral do Rio Grande do Norte registra pelo menos seis pontos impróprios para banho neste fim de semana, conforme o boletim de balneabilidade divulgado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) neste sábado (15.mar.2025). O estudo, realizado pelo programa Água Azul, analisa semanalmente a qualidade da água em praias e rios do estado, identificando locais com níveis elevados de contaminação.
Entre os trechos considerados inadequados para os banhistas estão:
- Praia de Areia Preta (na escodaria de Mãe Luíza), em Natal
- Redinha (Rio Potengi), em Natal
- Rio Pirangi (Ponte Nova), em Parnamirim
- Rio Pirangi-Pium (Balneário Pium), em Parnamirim
- Pirangi do Sul (Igreja), em Nísia Floresta
- Foz do Rio Pirangi, em Nísia Floresta
A classificação de água imprópria ocorre quando a quantidade de coliformes fecais ultrapassa os limites estabelecidos pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Nos locais mencionados, os níveis de contaminação estão acima do máximo permitido, representando riscos à saúde dos banhistas.
Como funciona a classificação da balneabilidade
O programa Água Azul utiliza critérios rigorosos para determinar a qualidade da água. Os pesquisadores analisam os resultados de cinco semanas consecutivas para avaliar se um local é seguro para banho. Se dois ou mais desses resultados apresentarem mais de mil coliformes fecais por 100 ml de água, a praia é classificada como imprópria. Além disso, se na análise mais recente houver mais de 2.500 coliformes fecais, o local é automaticamente considerado inadequado, mesmo que os resultados anteriores estejam dentro do limite.

Esses parâmetros são definidos pela Resolução do Conama, que estabelece padrões para garantir a segurança ambiental e sanitária das águas destinadas à recreação.
Impactos na saúde e no turismo
A contaminação por coliformes fecais pode causar diversos problemas de saúde, como infecções gastrointestinais, dermatites e outras doenças transmitidas pela água. Por isso, é fundamental que os banhistas evitem os trechos identificados como impróprios e busquem informações atualizadas antes de frequentar as praias.
Além dos riscos à saúde, a balneabilidade inadequada pode impactar negativamente o turismo, setor vital para a economia do Rio Grande do Norte. A divulgação desses dados é essencial para orientar turistas e moradores, além de pressionar autoridades a adotarem medidas para melhorar a qualidade da água.
Monitoramento contínuo
O Idema reforça a importância do monitoramento contínuo das praias e rios do estado. O programa Água Azul coleta amostras semanalmente, garantindo que os dados estejam sempre atualizados e disponíveis para a população. A transparência nas informações é um dos pilares para a preservação ambiental e a promoção do turismo sustentável.
Para quem planeja visitar o litoral potiguar, é recomendável consultar o boletim de balneabilidade antes de escolher os locais de banho. Acesse o site do Idema ou acompanhe as atualizações por meio de canais oficiais para garantir uma experiência segura e agradável.
Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Ilustração
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