PF desarticula esquema de fraude contra o INSS no RN com falsificação de documentos e “sequestro” de benefícios

PF desarticula esquema de fraude contra o INSS no RN com falsificação de documentos e "sequestro" de benefícios

Grupo criminoso usava identidades falsas para desviar aposentadorias e contratar empréstimos consignados ilegalmente; mandados foram cumpridos em Maxaranguape

A Polícia Federal (PF) do Rio Grande do Norte deflagrou, nesta quarta-feira (26.mar.2025), a Operação Vicarius para desarticular um esquema criminoso especializado em fraudar benefícios do INSS. A ação, realizada no município de Maxaranguape, na Região Metropolitana de Natal, visou coibir um grupo acusado de “sequestrar” aposentadorias e outros pagamentos previdenciários por meio de documentos falsos e alterações ilegais nos dados cadastrais das vítimas.

De acordo com as investigações, os criminosos recrutavam pessoas para se passarem por beneficiários legítimos, modificando informações como agência mantenedora do INSS e banco pagador para outras unidades da federação. Com isso, além de receberem os valores mensais indevidamente, os fraudadores também contratavam empréstimos consignados sem o conhecimento dos titulares dos benefícios.

Como funcionava o esquema de fraude?

As apurações, conduzidas pela Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários e pela Inteligência Previdenciária, revelaram que o grupo agia em etapas:

Falsificação de documentos: Os criminosos utilizavam CPFs, carteiras de identidade e comprovantes adulterados para assumir a identidade dos beneficiários.
Alteração de dados bancários: Redirecionavam os pagamentos para contas em outros estados, dificultando o rastreamento.
Contratação de empréstimos: Aproveitavam o acesso aos benefícios para solicitar financiamentos consignados em nome das vítimas.

Mandados cumpridos e colaboração interinstitucional

A 14ª Vara da Justiça Federal/RN autorizou mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados. A operação contou com seis policiais federais e o apoio de servidores da Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária (CGINP/MPS), órgão vinculado ao Ministério da Previdência Social.

O termo “Vicarius”, que dá nome à operação, tem origem no latim e significa “aquele que se faz passar por outra pessoa” — raiz etimológica da palavra “vigarista”. A escolha do título reforça a natureza do crime, que envolvia substituição de identidade e apropriação indébita de recursos públicos.

Próximos passos das investigações

As diligências buscam quantificar o prejuízo ao INSS, identificar todos os envolvidos e recuperar valores desviados. A PF não divulgou estimativas iniciais dos danos financeiros, mas adiantou que o esquema pode ter afetado dezenas de beneficiários.

Foto: Divulgação/Polícia Federal

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