Capela Sistina sinaliza escolha do sucessor de Francisco; nome será anunciado ao mundo dentro de uma hora
A Igreja Católica tem um novo líder. Dezesseis dias após a morte do Papa Francisco, a fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina às 13h08 (horário de Brasília) desta quinta-feira (8.mai.2025), sinalizando que os cardeais reunidos no Conclave chegaram a um consenso. A tradição da fumaça branca indica que o escolhido para suceder o pontífice aceitou a missão de comandar a Igreja Católica. O nome será anunciado ao mundo em cerca de uma hora, conforme os ritos do Vaticano.
A Praça São Pedro, no Vaticano, rapidamente se encheu de manifestações dos fiéis, que aguardavam o momento desde o início do Conclave, na quarta-feira (7.mai). A fumaça branca, gerada pela queima das cédulas de votação misturadas com substâncias químicas, representa que um novo papa foi escolhido com pelo menos dois terços dos votos dos cardeais presentes.
Conclave segue padrão das últimas eleições papais
A eleição do novo papa ocorreu no segundo dia de Conclave, seguindo o mesmo padrão observado nas escolhas anteriores. Em 2005, Bento XVI foi eleito também no segundo dia, após quatro rodadas de votação. O Papa Francisco, escolhido em 2013, também foi eleito no segundo dia, após cinco votações.
O Conclave, iniciado na manhã da quarta-feira, é um processo reservado que reúne os cardeais da Igreja Católica com menos de 80 anos em uma série de sessões secretas, realizadas na Capela Sistina, no Vaticano. O objetivo é eleger o novo líder da Igreja entre os próprios membros do Colégio Cardinalício. No total, 133 cardeais participaram desta eleição, sendo necessário o apoio de pelo menos 89 deles para a escolha de um novo papa.
Durante o Conclave, os cardeais são isolados do mundo exterior e proibidos de manter qualquer comunicação com o público, seja por meios eletrônicos, escritos ou verbais. A palavra “conclave” tem origem no latim cum clave, que significa “com chave”, em referência ao isolamento dos participantes.
Escolha será anunciada ainda hoje
Após a fumaça branca, inicia-se o protocolo de apresentação do novo pontífice ao mundo. O cardeal protodiácono deve se dirigir à sacada central da Basílica de São Pedro, onde proferirá a frase “Habemus Papam” (“Temos um Papa”) e revelará o nome civil e o nome papal escolhido pelo novo chefe da Igreja.
Em seguida, o novo papa fará sua primeira aparição pública e concederá a bênção “Urbi et Orbi” (“à cidade e ao mundo”), saudando os fiéis presentes na praça e todos os católicos ao redor do mundo.
Ainda não há informações oficiais sobre o perfil ou a origem do novo pontífice. A expectativa gira em torno de nomes que vinham sendo cotados como favoritos pelos vaticanistas nas últimas semanas, incluindo cardeais com atuação relevante na América Latina, na África e na Ásia.
Histórico das últimas eleições papais
Desde o século XX, o processo de escolha de um novo papa tem ocorrido com relativa rapidez. João Paulo II, eleito em 1978, foi escolhido após oito votações em três dias. Seu sucessor, Bento XVI, foi eleito em 2005, no segundo dia de Conclave, e permaneceu no cargo até sua renúncia em 2013 — um fato inédito nos últimos séculos. Já Francisco, o primeiro papa latino-americano da história, assumiu o pontificado também no segundo dia de votação, após a renúncia de Bento XVI.
Com a escolha do novo papa, a Igreja Católica inicia um novo ciclo, marcado pela expectativa em relação aos rumos do Vaticano diante de desafios sociais, políticos e religiosos do cenário global.
Foto: Reprodução
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