Ex-presidente da Petrobras confirma conversas com MDB e PDT para 2026
Jean Paul Prates anuncia saída do PT e negocia candidatura ao Senado
O ex-senador e ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, confirmou neste domingo (28) que está deixando o Partido dos Trabalhadores (PT), após mais de uma década de militância. A informação foi divulgada pelo portal O Antagonista.
Prates afirmou que mantém conversas avançadas com o MDB e o PDT sobre uma possível candidatura ao Senado nas eleições de 2026. Segundo ele, a decisão de sair do PT não está relacionada à sua demissão da presidência da Petrobras, ocorrida em maio de 2024, mas sim à falta de espaço político dentro da legenda no Rio Grande do Norte.
O ex-presidente da estatal criticou o processo de escolha de candidaturas no partido, alegando ausência de participação das bases. Ele declarou que não foi consultado sobre decisões internas, mesmo após ter ocupado cargos relevantes, como o Senado e a presidência da Petrobras.
Jean Paul Prates também afirmou que não está migrando para outra legenda com o objetivo imediato de disputar cargos eletivos. Segundo ele, sua vida profissional está definida fora da política, e sua atuação política se dá por interesse pessoal, não por necessidade de mandato.

Durante sua gestão na Petrobras, Prates enfrentou conflitos com integrantes do governo federal, especialmente com os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Rui Costa (Casa Civil). A tensão interna gerou especulações sobre sua permanência no cargo e culminou em sua demissão pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril de 2024.
Nos últimos meses à frente da estatal, Prates foi alvo de críticas públicas do ministro de Minas e Energia. Ele também denunciou que Rui Costa e Alexandre Silveira teriam atuado para alterar o projeto de lei sobre a regulamentação de usinas eólicas offshore, por meio de emendas que, segundo ele, encareceriam as contas de energia.
Prates afirmou que o texto original da proposta foi modificado por “jabutis” inseridos durante a tramitação no Congresso Nacional, o que teria desvirtuado o objetivo inicial de regulamentar a produção de energia eólica em alto-mar.
Após sua saída da Petrobras, Magda Chambriard assumiu a presidência da empresa. A mudança ocorreu em meio a um cenário de instabilidade política e técnica na gestão da estatal.
Jean Paul Prates segue articulando sua posição política para os próximos anos, com foco em uma possível candidatura ao Senado. A definição sobre sua filiação partidária ainda não foi anunciada, mas as negociações com MDB e PDT estão em andamento.
A saída de Prates do PT ocorre em um momento de reconfiguração política no Rio Grande do Norte e pode impactar as articulações para as eleições de 2026. O ex-senador defende maior transparência e participação popular nos processos internos dos partidos políticos.
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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