Insegurança alimentar cai no Rio Grande do Norte, mas ainda afeta mais de 370 mil lares

Insegurança alimentar cai no Rio Grande do Norte, mas ainda afeta mais de 370 mil lares

Pesquisa do IBGE mostra redução na insegurança alimentar no RN em 2024, mas percentual ainda supera a média nacional

Insegurança alimentar cai no Rio Grande do Norte, mas ainda atinge mais de um quarto da população

A insegurança alimentar apresentou queda no Rio Grande do Norte em 2024, mas ainda afeta uma parcela significativa da população. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 29,4% dos domicílios potiguares relataram algum grau de insegurança alimentar no último ano — seja leve, moderado ou grave.

O índice representa cerca de 371 mil residências com pelo menos uma pessoa que vivenciou preocupação, restrição ou falta de alimentos em algum momento. Em 2023, o percentual era de 33,7%, o que indica uma redução de 8,7 pontos percentuais. Apesar da melhora, o Rio Grande do Norte ainda apresenta um percentual superior à média nacional, que é de 24,2%, embora tenha o menor índice entre os estados do Nordeste.

Dados regionais

De acordo com o levantamento, o Piauí lidera o ranking regional, com 39,3% dos domicílios em algum nível de insegurança alimentar. Todos os estados nordestinos, segundo o IBGE, registraram redução no número de lares afetados entre 2023 e 2024.

No Rio Grande do Norte, os dados mostram variações conforme o grau de severidade da insegurança alimentar. A maioria das famílias afetadas se enquadra nas categorias leve e moderada, enquanto um número menor enfrenta situação grave.

Situações de insegurança alimentar no RN

Entre os domicílios potiguares, 19,3% estavam em situação de insegurança alimentar leve. Nesse grupo, as famílias relataram preocupação com o acesso futuro aos alimentos ou a necessidade de recorrer a produtos de menor qualidade para manter a quantidade de comida disponível. O número corresponde a 243 mil residências no estado.

Outros 6,3% dos lares enfrentaram insegurança alimentar moderada, caracterizada pela redução da quantidade de alimentos ou pela interrupção das refeições por falta de comida entre os adultos.

A insegurança alimentar grave, que representa situações em que a fome é vivenciada pelos moradores — incluindo crianças —, atingiu 3,9% dos domicílios potiguares, o equivalente a aproximadamente 49 mil residências.

Metodologia da pesquisa

A pesquisa integra o módulo Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

Segundo o IBGE, a metodologia utiliza a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), instrumento que identifica e classifica a percepção das famílias sobre a segurança alimentar e nutricional, com base em suas experiências cotidianas.

“A Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) permite identificar e classificar a percepção da família sobre a segurança alimentar e nutricional em suas experiências cotidianas”, explica Maria Lucia Vieira, analista do IBGE.

A EBIA considera diferentes níveis de insegurança alimentar, conforme a severidade das restrições vividas nas residências, variando desde a preocupação com o abastecimento de alimentos até a falta efetiva de comida no domicílio.

Contexto nacional

Embora o Rio Grande do Norte apresente um dos menores índices do Nordeste, a insegurança alimentar ainda é um desafio para parte expressiva da população brasileira. De acordo com o IBGE, a média nacional de domicílios que enfrentam algum grau de insegurança alimentar é de 24,2%, o que representa milhões de famílias em todo o país.

O levantamento reforça a importância do monitoramento contínuo da segurança alimentar, especialmente em regiões mais vulneráveis, onde o acesso regular e adequado à alimentação ainda depende de políticas públicas de assistência social e combate à fome.

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

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