Casal racista: empresa demite homem que acusou jovem de roubo no Leblon

Casal racista demissão

Casal racista: papelaria informou demissão de Tomás Oliveira pelas redes sociais, após cobrança por providências por parte dos seguidores.

Nesta terça-feira, 15, papelaria Papel Craft anunciou a demissão de Tomás Oliveira, que acusou jovem negro de ter roubado sua bicicleta na zona sul do Rio de Janeiro. O caso aconteceu no último sábado (12) e vídeo do casal racista viralizou nas redes sociais e causou indignação em toda a internet.

Casal racista do Leblon

A demissão ocorreu com a cobrança dos seguidores para que a empresa se posicionasse a respeito do fato, na sessão de comentários do Instagram.

O instrutor de surfe Matheus Ribeiro aguardava a namorada em frente ao Shopping Leblon, montado em sua bicicleta elétrica, quando foi abordado por Tomás e sua namorada, também branca. O jovem então foi acusado pelo casal de ter roubado a bicicleta. Diante do absurdo da cena, Matheus conta que nos primeiros momentos ficou sem reação, mas em seguida teve de provar que a bicicleta era sua.

“Só consegui provar que a bicicleta é minha quando, sem minha autorização, o lindo rapaz pega o cadeado da minha bicicleta e tenta abrir. Frustrado com sua tentativa, ele diz que não me acusou. Afinal, o rapaz só estava perguntando”, ironizou Matheus, no relato, que continuou: “Acabaram de roubar a bicicleta dela, é igualzinha. Desculpa, desculpa. Eu não te acusei, só estou te perguntando”, respondeu Tomás Oliveira. O instrutor de surfe, então, pediu ao casal para ir embora. “Vai embora, que eu não tenho nada para vocês”, exclamou.

Caso de casal racista não é o único

Em Goiás, no final de maio, uma abordagem policial na Cidade Ocidental causou revolta nas redes sociais. No vídeo gravado pelo ciclista, ele aparece fazendo manobras com sua bicicleta quando é abordado por dois policiais militares armados.

Na ocasião, um dos agentes aponta a arma para Ferreira e o manda virar-se e colocar as mãos na cabeça. Ferreira diz que está gravando e pergunta qual o motivo da ação. Ele também pede que o policial pare de apontar a arma para ele.

— Esse é o procedimento! Coloca a mão na cabeça! — responde aos berros o policial militar, que ainda não foi identificado. — Isso aqui é uma abordagem, se você não obedecer, você vai preso. Eu tô te dando uma ordem legal.

Ferreira não chegou a ser levado para a delegacia. Ele foi autuado por desobediência no mesmo local por ser considerado um crime de menor potencial ofensivo, assinou um termo se comprometendo a comparecer em juízo e foi liberado.

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