A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou, pela primeira vez na história, a diminuição dos valores dos planos de saúde individuais. A partir de agora, após o reajuste negativo, as mensalidades deverão ficar mais baratas. Com a diminuição de 8,19% nos planos individuais, as operadoras deverão compensar a perda nos reajustes dos planos coletivos, que representam a maioria dos contratos firmados pelas empresas de planos de saúde.
O reajuste negativo ocorreu após reunião dos diretores colegiados da ANS realizada ontem, 8, que concluíram a diminuição dos custos com atendimentos e cirurgias em decorrência da pandemia do novo coronavírus iniciada em 2020. A diretoria colegiada destaca que, ainda que os casos de Covid-19 tenham aumentado o número de emergências e internações decorrentes do vírus, por outro lado, houve uma redução de gastos com procedimentos ambulatoriais e eletivos.
Para calcular o reajuste dos planos de saúde individuais, as operadoras avaliam a variação de custos médico-hospitalares com as despesas não assistenciais sempre em relação ao ano anterior. Segundo a ANS, os cálculos foram realizados baseados nas mesmas regras utilizadas em 2019 e em 2020 e, no ano passado, o reajuste foi positivo porque ainda refletia a situação do período pré-pandemia.
Para o diretor-presidente substituto da ANS, Rogério Scarabel, as operadoras têm de aplicar a redução. Caso não o façam, estarão em desacordo com a lei vigente. “É obrigatório de 1º de maio de 2021 a 30 de abril de 2022”, disse. “Está vedada a aplicação de reajuste maior ou reajuste zero, sob pena de descumprimento da legislação vigente”, concluiu.
Foto: Ilustração/Reprodução/Internet
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