Os deputados que compõem a base aliada do governo Bolsonaro conseguiram adiar a votação da PEC do Voto Impresso no último dia antes do recesso parlamentar. A sessão foi tumultuada, marcada por alegações de falhas tecnológicas no sistema de votação remota e bate-boca entre deputados; e os governistas agiram como puderam para conseguiram adiar a votação do tema.
O tema é uma das principais bandeiras políticas do governo Bolsonaro, e a proposta de adiamento da votação ocorreu após a base aliada perceber que a proposta seria rejeitada pela maioria na comissão especial da Câmara que analisa o assunto.
Depois de anunciar a decisão, o presidente do colegiado, Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), afirmou que o parecer será apreciado no dia 5 de agosto, com a volta dos trabalhos no Legislativo federal. A justificativa oficial para o adiamento foi um pedido do relator, Filipe Barros (PSL-PR), que cobrou mais tempo para fazer alterações em seu parecer.
Durante a votação da PEC do Voto Impresso na comissão, o governo colocou sua tropa de choque em campo para evitar a derrota. O líder do governo, deputado deputado Ricardo Barros (PP-PR), se mobilizou para orientar a base a votar a favor da retirada de pauta do tema, mas o requerimento foi derrotado. Por isso, o relator Filipe Barros recorreu à outra manobra e disse que queria fazer “ajustes” no texto. O presidente da comissão, Paulo Eduardo Martins, acatou o pedido.
A aprovação na comissão é o passo mais importante para a proposta, sem a qual a discussão não poderá avançar para os plenários da Câmara e do Senado.
Foto: Eduardo G. de Oliveira/Agência ALESC
Siga o Por Dentro do RN também no Instagram e mantenha-se informado.