Boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que, a cada dez mortos pela Covid-19 no Brasil atualmente, quase sete são idosos. As informações foram divulgadas na noite desta quinta-feira, 19, e de acordo com o boletim, o avanço da vacinação entre as pessoas mais jovens e o fato de o vírus continuar circulando intensamente no Brasil explicam o fato de o segmento mais vulnerável da população voltar a representar a maior parte dos óbitos pela infecção, mesmo com a imunização completa.
Segundo o informativo, também há, pela 8ª semana consecutiva, a redução do número de casos, internações e óbitos no Brasil, com exceção do Rio de Janeiro, que vai em direção inversa à tendência.
Maior infecção dos idosos
Segundo o informativo, a proporção de idosos entre o total de internações pela Covid já esteve em 27,1% na semana 23, entre os dias 6 e 12 de junho. Agora, nas semanas 31 e 32, de 1º a 14 de agosto, o porcentual é de 43,6%. Já em relação aos óbitos, comparando com a mesma semana 23, o salto foi de 44,6% para 69,2%. Os números mostram a reversão da tendência anterior, que era de rejuvenescimento da pandemia.
A Fiocruz alerta que os dados não querem dizer que as vacinas não funcionem. Pelo contrário, a vacinação reduz significativamente o número de casos graves e de óbitos. Porém, nenhuma vacina é 100% eficaz contra o vírus, e diante da sua alta circulação, é esperado que o número de casos e mortes aumente proporcionalmente na faixa etária mais vulnerável. Além disso, é natural que a imunidade caia após alguns meses da vacinação. Por isso, cientistas pedem mais atenção às medidas de prevenção.
O aumento de infecções e óbitos entre idosos já vacinados, inclusive, levou o Ministério da Saúde a avaliar a aplicação de uma 3ª dose em grupos mais vulneráveis, como os idosos.
Dados pelo país
Os casos e óbitos pela Covid vêm caindo nas últimas oito semanas. A taxa de mortalidade geral do Brasil diminuiu 0,9% ao dia. A taxa de incidência de casos de Covid foi reduzida em 1,5% diariamente. Porém, no Rio de Janeiro, há o avanço da variante Delta, que é mais transmissível. No Estado, a ocupação dos leitos hospitalares destinados à infecção está em 70%, já chegando a 92% na capital. “A sensação artificial de que a pandemia acabou é a responsável por um relaxamento das medidas de prevenção”, alertam os pesquisadores.
Com informações do Estadão
Foto: UFRN/Reprodução
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