O pediatra, toxicologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Anthony Wong, de 73 anos, morreu no dia 15 de janeiro deste ano, em São Paulo. Na época, a nota divulgada pela família informava que ele foi hospitalizado com queda de pressão e mal-estar, diagnosticado com úlcera gástrica e hemorragia digestiva e morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória.
No entanto, informações divulgadas pela revista Piauí apontam que o médico teria sido diagnosticado com Covid-19 e que a morte foi decorrente de complicações causadas pela doença. Ainda segundo a revista, a equipe do hospital Sancta Maggiore, da rede Prevent Senior, onde Wong estava internado, teria omitido essa informação do atestado de óbito do médico, que defendia o tratamento precoce e o uso do “kit Covid”.
A reportagem informa ainda que antes de ser internado no dia 17 de novembro, o médico contou que estava com sintomas de Covid-19 havia oito dias e que estava se medicando com hidroxicloroquina, que não tem comprovação de eficácia contra a Covid-19.
Durante o período de internação, Anthony Wong teria autorizado ser medicado com o “kit Covid” da Prevent Senior, composto de hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina. Ele também recebeu tratamentos como heparina inalatória, metotrexato venoso e vinte sessões de ozonioterapia retal, todos sem comprovação de eficácia contra a Covid-19.
Dias antes de morrer, o médico foi infectado por uma pneumonia bacteriana. De acordo com a reportagem da Piauí, a infecção se espalhou pelo corpo, resultando em um choque séptico, que provocou a falência dos órgãos e uma parada cardiorrespiratória. O médico faleceu no dia 15 de janeiro, no entanto, o atestado de óbito não informou que o paciente teve Covid-19.
Com informações da revista IstoÉ
Foto: Divulgação/Twitter
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