Fraude nas eleições: O TSE deu um prazo de 15 dias para o presidente da república, Jair Bolsonaro, comprovar as acusações de que as eleições de 2018, das quais se saiu vencedor, foram fraudadas.
Parece que os constantes ataques de Bolsonaro à lisura das eleições não passaram em branco. Em decisão realizada pelo corregedor do TSE, Luís Felipe Salomão, o presidente Jair Bolsonaro tem 15 dias para comprovar que as eleições de 2018, das quais se saiu vencedor com 55,13% dos votos válidos.
Não é de hoje que o presidente alega fraude nas eleições. mas com a possibilidade real de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegar forte em 2022, os ataques à lisura eleitoral ficaram mais intensos. A decisão do corregedor também se estende a todos os outros políticos que, porventura, tenham feito as mesmas insinuações a respeito da fraude nas eleições de 2018.
Dando prosseguimento à decisão, Luís Felipe Salomão também pediu para que fosse aberto um processo administrativo com o objetivo de avaliar os riscos reais de fraude nas eleições presidenciais de 2022, e para comprovar se o processo eleitoral do qual Bolsonaro saiu eleito foi fraudado.
Acusações de fraude nas eleições baseiam pedidos para implementação do voto impresso no Brasil
Na tarde de ontem, 21, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, participou de reunião com deputados da comissão especial que analisa a PEC do Voto Impresso.
Os parlamentares alegam que o voto impresso “permitiria” uma eleição mais “limpa e segura”, pois, ao eleitor computar o voto na urna, o equipamento emitiria uma cédula confirmando o voto, que poderia ser auditado em caso de suspeitas.
Em entrevista, Barroso reforçou que o voto eletrônico no Brasil é seguro e que nunca houve denúncias concretas e comprovadas de que as eleições foram fraudadas ou que o processo eleitoral estava comprometido.
Foto: Agence France-Presse / S. Lima