Decisão de manter suspeito de pedir propina no cargo foi de Bolsonaro

Suspeito de Pedir Propina

General Eduardo Pazuello havia pedido a demissão de Roberto Ferreira Dias, suspeito de pedir propina, ainda em outubro de 2020; mas foi barrado por Bolsonaro.

Ao sugerir a demissão de Roberto Ferreira Dias, em outubro do ano passado, o general Eduardo Pazuello esbarrou na negativa de Bolsonaro. A informação foi confirmada pela Folha de São Paulo. Segundo a apuração, Pazuello chegou a enviar o despacho que exonerava Dias do cargo, porém, por pressão de Davi Alcolumbre (DEM-AP), o presidente manteve suspeito de pedir propina no cargo. Alcolumbre não quis comentar a suposta intervenção para manter Dias no cargo.

A exoneração de Roberto Dias só viria acontecer nove meses depois da primeira tentativa, quando explodiu o escândalo de que uma empresa responsável pela venda das vacinas diz ter recebido de Dias a proposta de US$ 1 de propina por dose comercializada. Em troca disso, a empresa fecharia o contrato para a comercialização das doses do imunizante da Oxford/AstraZeneca. Com a revelação, Dias foi exonerado oficialmente ontem, dia 30 de junho.

De acordo com o deputado Luis Miranda, que depôs na CPI da Covid no Senado na última sexta-feira, 25 de junho, o diretor de Logística do Ministério da Saúde era o principal responsável por dar as ordens na pasta. Em entrevista, o deputado diz que “nada acontece no Ministério se o Roberto não quiser”. Além disso, Miranda afirma que a “pressão sofrida” pelo seu irmão também foi “aprovada por Dias”. O deputado conclui que “sem Roberto Dias, ninguém faz nada. Isso é uma das únicas certezas que tenho”.

A suspeita sobre o superfaturamento na compra de vacinas já foi noticiada pelo Por Dentro do RN, quando o irmão do deputado Luis Miranda e servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, disse ter sofrido uma pressão “atípica” para permitir a importação da Covaxin. Em meio aos escândalos que rondam o Governo, Bolsonaro afirmou que “mentiras não vão tirá-lo do Planalto” e disse que a Comissão realizada pelo Senado é formada por “bandidos”.

“Não conseguem nos atingir. Não vai ser com mentiras ou com CPI, integrada por sete bandidos, que vão nos tirar daqui. Temos uma missão pela frente: conduzir o destino da nossa nação e zelar pelo bem-estar e pelo progresso do nosso povo”, disse Bolsonaro a apoiadores em Ponta Porã (MS).

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