Por Ana Beatriz Amorim
Para o Por Dentro do RN
Um dia uma amiga querida perguntou o que me encanta. Descobri que o encanto vem de coincidências que eu nem sei dizer, só sentir. Não tem regra, nem padrão, não tem roteiro, vivência anterior que dê a dica. É só um encanto. Encanto pelo encanto, essa coisa meio parnasiana.
Encanto é aquilo que enche o coração quando você menos espera. É aquilo que faz os olhos saltarem, se encherem de alegria ou de lágrimas. Lágrimas boas, não aquelas que lavam o desespero e a dor, mas as que transbordam o que o coração já não consegue dar conta.
Encanto, apesar do jogo de palavras, não se encontra em qualquer esquina, em qualquer canto. Mas aparece no diálogo mais banal, na surpresa que você nunca imaginaria, mas que vai lembrar pro resto da vida. Leva tempo para que duas pessoas descubram seus encantos. O dia a dia tem essa dureza de massacrar a gente, às vezes.
Leva tempo para que elas saibam o que enche o coração e transborda pelos olhos até se transformar em um beijo, um abraço ou na frase mais simples que diz a maior coisa do mundo, com todo o amor que isso carrega. Mas, às vezes, o encanto se perde de repente. E resta esperar que ele surpreenda de novo.
Foto: Reprodução/Ana Echebarria
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Sobre Ana Beatriz Amorim, colunista do portal Por Dentro do RN
Ana Beatriz Amorim tem 35 anos, é jornalista e designer gráfica formada pela UnP. Também é fotógrafa, licenciada em Artes Visuais pela UFRN e especialista em Assessoria de Comunicação. Adepta da teoria do faça uma coisa de cada vez e seja múltipla, escreve a respeito do cotidiano, artes, cultura e esporte. É proibida a reprodução total ou parcial deste texto sem autorização do autor e sem a inserção dos créditos, de acordo com a Lei nº 9610/98.