Mais três mulheres acusam o vereador do Rio, Gabriel Monteiro (PL), de estupro. As novas denúncias foram reveladas pelo “Fantástico”, da TV Globo, no último domingo, 3 de abril. As mulheres, que preferiram não se identificar, relatam casos semelhantes de relacionamentos consensuais que acabaram em violência.
Influenciador digital com quase 7 milhões de seguidores no Facebook, 6,2 milhões no YouTube e 5 milhões no TikTok, o ex-policial militar também é acusado de assédio sexual e moral e de manipular vídeos que fazem sucesso nas redes sociais. Na semana passada, o Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio se reuniu para discutir o caso de Gabriel Monteiro, mas decidiu recolher mais provas sobre a conduta do vereador antes de decidir sobre uma eventual representação.
A primeira mulher conheceu Monteiro por meio de um aplicativo de relacionamentos e contou que eles mantiveram relações consensuais até o dia em que o parlamentar desrespeitou sua negativa. “Antes do ato em si, ele disse que não iria pôr o preservativo. E eu questionei, falei: ‘Você tem que colocar, sim, o preservativo’. Nessa hora, ele simplesmente ignorou tudo que eu tinha falado e começou a relação sexual”, contou a vítima ao “Fantástico”.
Uma segunda mulher afirma ter sido vítima de Gabriel Monteiro aos 16 anos. Segundo ela, o então policial militar a teria convidado para uma suposta festa em sua casa. Ao chegar, percebeu que não havia o evento e presenciou o PM espancando outra mulher. Depois, Monteiro, segundo seu relato, convidou as duas para fazer sexo a três.
“Ele foi e falou: vamos para o quarto. Eu falei: eu não quero. Vamos, vai ser legal, por favor, por favor. Aí ela veio também, me chamou e eu fui. Com medo, porque ele tinha acabado de tentar matar ela na minha frente. Eu fui”, contou a vítima.
A terceira vítima é uma adolescente de 15 anos. Ao lado dos pais, ela prestou queixa por um vazamento de vídeos tendo relações sexuais com o parlamentar, responsável pela filmagem. A gravação viralizou nas redes sociais e foi retirada do ar na sexta-feira, dia 1º, após o Ministério Público do Rio conseguir uma liminar na Justiça. Segundo a vítima, a relação e a gravação foram consensuais.
Ao “Fantástico”, o vereador negou, por meio de nota, ter praticado qualquer crime.
Do Estadão Conteúdo
Foto: Reprodução/TV Globo
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