Condenada por matar e esquartejar o marido, Elize Matsunaga, de 40 anos, recebeu liberdade condicional na tarde desta segunda-feira (30.mai.2022) e deixou a penitenciária do Tremembé, no interior de São Paulo. A informação foi confirmada pela SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) e pela defesa de Elize.
Em nota, a SAP afirma ter cumprido o alvará de soltura em favor de Elize Matsunaga às 17h35. O advogado dela, Luciano Santoro, é quem a buscou no presídio. Horas depois, ele divulgou um vídeo ao lado de Elize Matsunaga no qual ela diz viver uma segunda chance e afirma acreditar que seu marido, Marcos Matsunaga, a perdoou pelo crime.
“Infelizmente não posso consertar o que se passou, o erro que cometi. Estou tendo uma segunda chance, infelizmente o Marcos não. Mas acredito na espiritualidade, que ele já tenha me perdoado e peço isso nas minhas orações”, disse ela.
Elize foi condenada a 19 anos e 11 meses de prisão pela morte do empresário Marcos Matsunaga, então presidente da Yoki, no ano de 2012. Por ter confessado a autoria do crime, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) reduziu a pena, em 2019, para 16 anos e três meses de reclusão.
Também em 2019, Elize havia migrado para o regime semiaberto. A defesa dela argumenta que, desde março de 2021, ela já podia pedir a progressão para o regime aberto. No entanto, argumentam os advogados, isso não foi possível por causa de uma mudança no entendimento da lei.
A Justiça não solicitou que Elize Matsunaga utilizasse tornozeleira eletrônica ao deixar o presídio na tarde de hoje. O livramento condicional não significa que ela progrediu para o regime aberto, mas sim que conseguiu uma forma de antecipação da liberdade, ou seja, uma maneira de se readaptar ao convívio social.
“Finalmente, após 10 anos, Elize Matsunaga é colocada em liberdade. Elize tem consciência do que a levou a ser presa, se arrepende dos seus atos e tem certeza de que jamais retornará ao sistema penitenciário novamente”, diz uma nota assinada pelos advogados de defesa, Juliana Fincatti Santoro e Luciano Santoro.
“A MM Juíza que lhe concedeu o benefício destacou o preenchimento dos requisitos legais, em especial o resultado positivo dos exames psicológico, criminológico e teste de Roscharch, bem como o excelente comportamento e disciplina de Elize no cárcere, onde se dedicou ao trabalho e ao estudo com interesse e afinco”, disseram Juliana Fincatti Santoro e Luciano Santoro, advogados de Elize Matsunaga.
O advogado Luiz Flávio D’Urso, que representou a família de Marcos Matsunaga na ocasião do crime, disse que “o cumprimento da pena é um problema entre Elize e o Estado”.
Com informações de Juliana Arreguy no UOL Notícias
Foto: Reprodução/Wilson Araújo/TV Vanguarda
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