O mês de setembro traz consigo uma temática bastante pertinente, relativa à valorização à vida, em alusão à campanha do Setembro Amarelo.
O período da adolescência é marcado por várias transformações físicas, comportamentais e biológicas. Tais mudanças, alinhadas à pressão social pela popularidade, pela sensação de pertencimento e por um bom desempenho escolar podem gerar uma série de gatilhos emocionais que atrapalham o desenvolvimento do jovem, podendo implicar em crises de ansiedade ou depressão.
Nessa perspectiva, o mês de setembro traz consigo uma temática bastante pertinente, relativa à valorização à vida, em alusão à campanha do Setembro Amarelo. No Rio Grande do Norte, o tema tem sido tratado em sala de aula. Segundo a psicóloga Patrícia Peixoto, conversar sobre os cuidados com a saúde mental e entender os próprios sentimentos são de suma importância para viver de forma saudável.
De acordo com Patrícia Peixoto, o ambiente escolar é o local perfeito para quebrar tabus e conversar sobre a saúde mental. Ela, que é psicóloga no Complexo Educacional Contemporâneo, afirma que trabalhar as emoções e falar sobre os sentimentos fazem toda a diferença para o desenvolvimento socioemocional dos jovens.
“Uma palavra de conforto, um abraço, um gesto de atenção podem mudar tudo. Por isso é que desenvolvemos constantemente ações integrativas, que são intensificadas durante todo o mês de setembro, visando justamente conscientizar os alunos, responsáveis e a comunidade escolar em geral sobre questões de empatia com o próximo, pois essa sensibilidade pode transformar uma vida”, explica a psicóloga Patrícia Peixoto.
Ao longo da programação pensada para o Setembro Amarelo, serão desenvolvidas rodas de conversas que desafiam o aluno a falar sobre suas emoções e, principalmente, estimular a formação de uma rede de apoio entre a escola, os alunos e os familiares, usando o diálogo e a compreensão como ferramenta para superar desafios.
Essas iniciativas fazem parte de um projeto posto em prática pelo Contemporâneo há alguns anos, denominado Imagine, que tem acompanhado a evolução da abordagem do tema em sala de aula. A ideia é desenvolver as competências globais de cada um, oportunizando aos alunos um espaço de trocas, construção e desenvolvimento de habilidades socioemocionais.
O foco nessa abordagem, como esclarece Patrícia, deve estar na percepção de si, no protagonismo, no autoconhecimento e, principalmente, no fortalecimento emocional, pontos importantes que podem ser trabalhados pela escola e que fazem toda a diferença no enfrentamento de dúvidas e desafios.
Foto: Divulgação
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