Adaptação escolar: acolhimento, afeto e leveza fazem diferença

Adaptação escolar: acolhimento, afeto e leveza fazem diferença

Esta nova fase na vida da criança deve ser acompanhada de perto, afinal, é o primeiro passo para descobrir o mundo

Todo início de ano é marcado por um dilema entre os familiares de crianças recém-chegadas à idade de ir à escola: a adaptação escolar. Esse processo, que envolve pais, a criança e a instituição de ensino, pode ser visto como um bicho de sete cabeças por muita gente, mas, se desenvolvido de maneira cuidadosa torna-se um momento mais leve e especial para todos os envolvidos.

Essa transição, do lar para a escola, é necessária para uma socialização mais plena da criança e, ainda, auxilia no desenvolvimento de sua autonomia em geral. Para Priscila Griner, diretora da Casa Escola, esse momento de transição pode ser mais suave tanto para as crianças quanto para os familiares, e existem algumas atitudes que podem contribuir para isso.

A família e a equipe pedagógica podem atuar em parceria para que as crianças se sintam confortáveis e confiantes neste novo espaço que é a escola. Em relação à adaptação, é interessante que se envolva a criança no ambiente escolar mesmo antes de começarem as aulas, para que ela conheça os espaços e comece a perceber que há outros adultos presentes”, explica a diretora.

Leila Guilhermino, arquiteta e professora, 39 anos, já passou pelo processo de adaptação escolar com o filho mais velho, Gabriel, de 5 anos, e agora é a vez da filha Clara, de 2 anos. Para ela, a adaptação de Gabriel não foi tão fácil, principalmente por ter acontecido no início da pandemia.

Gabriel passou três meses em adaptação presencial, mas veio a pandemia e as aulas passaram a ser remotas, e ele não se adaptou ao modelo virtual. Já no ano seguinte, mais amadurecido, a adaptação aconteceu de maneira bem mais tranquila. Agora, chegou a hora da Clara, e acredito que será bem diferente do que vivemos com o Gabriel. Ela o vê indo à escola e sempre visita o espaço escolar, então já está familiarizada com o ambiente”, conta a arquiteta.

Priscila Griner afirma que esse momento tão desafiador deve ser encarado com muito afeto e acolhimento. ”De repente, aquele pequeno ser que a família acompanhou desde as primeiras conquistas, restritas ao ambiente doméstico, acaba de chegar à idade escolar, e vai vivenciar uma nova fase longe do olhar dos pais. Por isso, aconselho aos familiares que se programem para acompanhar seus pequenos nos primeiros dias: o apoio e a presença é fundamental neste comecinho”, recomenda a diretora.

Confiante para essa nova adaptação, a arquiteta e mãe de Clara afirma: “quero que ela possa aproveitar a experiência que a Casa Escola consegue proporcionar, de brincadeiras dinâmicas, diferentes e atrativas; de atividades diversas todos os dias; e de se reunir com outras crianças. Acho que ela vai conseguir curtir muito esse processo de brincar e de se relacionar com outras crianças”, conclui Leila.

Vale ressaltar, que o sucesso de uma adaptação escolar bem feita só se dá quando a criança consegue superar os desafios da separação em um ambiente novo com outros adultos e crianças que ela ainda não conhece. “É um trabalho de conquista em que é preciso criar laços que dizem respeito a uma memória afetiva que envolve os profissionais da escola e o novo ambiente. Estamos falando de criar boas situações que compensem à criança deixar papai, mamãe, vovó irem embora para voltarem só mais tarde”, finaliza Priscila Griner.

Sobre a Casa Escola

Localizada no bairro Candelária, zona Sul de Natal, este ano a Casa Escola comemora 40 anos de atuação na Educação Infantil e no Ensino Fundamental. Além de ser um espaço aconchegante, acolhedor e que respeita a individualidade de cada estudante, a Casa incentiva a autonomia entre os alunos. Conta com uma equipe de profissionais sensíveis ao humano e em constante aperfeiçoamento. A Casa Escola está sempre em busca de novos caminhos que permitam ampliar as possibilidades e aprimorar o ato de educar. São 40 anos formando cidadãos conscientes do seu papel na sociedade.

Foto: Arquivo da família/Divulgação

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