AMAPP explica que aumento nos preços dos aplicativos é comum em períodos de alta demanda
A restrição ao transporte público na Região Metropolitana de Natal – que opera de forma reduzida nos últimos dias – tornou as viagens por aplicativo a principal alternativa para os trabalhadores e para quem precisa se deslocar. No entanto, com a alta demanda, os preços das corridas aumentaram consideravelmente.
Segundo o presidente da Associação dos Motoristas Autônomos por Aplicativos do Rio Grande do Norte (AMAPP-RN), Evandro Henrique Roque, o aumento nos preços é comum em períodos de alta demanda. “Quando a demanda sobe muito, as tarifas acompanham. O que aconteceu é que praticamente não temos transporte público, a maioria dos ônibus estão parados, mas ainda há muita gente precisando se locomover para o seu trabalho. Aliado a isso, temos poucos motoristas“, afirmou, em entrevista ao POR DENTRO DO RN.
Segundo Evandro, houve uma diminuição no número de motoristas de aplicativos que estão circulando na Região Metropolitana. “Não são todos os motoristas que estão rodando. E os que estão rodando, não estão rodando em todos os horários“, disse.
Segundo o presidente da AMAPP, não há uma definição exata no aumento do valor, uma vez que isso também é definido pela demanda. “Não existe um valor, um percentual fixado. Às vezes, (o valor) aumenta até 100%. Em grandes eventos do passado, já aconteceram situações de termos um aumento de quatro, cinco vezes o valor da corrida“, relata Evandro.
A jornalista Cecília Menezes, que trabalha no Centro de Natal e mora no bairro de Candelária, geralmente paga cerca de R$ 15 no trajeto de volta para a casa. Nesta semana, quando os ataques iniciaram e os ônibus foram recolhidos, o valor saltou para R$ 60. “Felizmente, a empresa cedeu um carro para deixar os funcionários em casa“, relata.
Insegurança
Evandro relata que o dia-a-dia da categoria já é perigoso, e no atual momento, o risco para os motoristas de aplicativo aumentou ainda mais. “Existem muitos motoristas que se recolheram. Outros, que não podem, pois precisam trabalhar. Outros estão trabalhando com muito cuidado, e há ainda pouquíssimos que até não se importam muito com o que está acontecendo“, classifica.
O presidente relatou que a associação orienta aos motoristas a filtrar viagens, especialmente as que os embarques e desembarques são considerados em locais de risco, bem como não aceitar viagens com pagamento em dinheiro. “O pagamento da viagem no cartão de crédito valida a identidade do passageiro“, diz.
Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração
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