Gabriel desapareceu em junho de 2020 quando ia de bicicleta para a casa de sua namorada
Familiares, amigos e membros de movimentos sociais realizaram um protesto em frente ao Tribunal de Justiça do Estado na tarde desta segunda-feira (12.jun.2023), cobrando justiça pelo assassinato de Giovanne Gabriel de Souza Gomes, ocorrido em junho de 2020. A mãe da vítima entregou uma carta aberta pedindo celeridade no processo. Os manifestantes exigem que os três policiais militares suspeitos, atualmente em liberdade, sejam julgados por júri popular.
A mãe de Gabriel entregou a carta ao relator do caso, o desembargador Francisco Saraiva Dantas Sobrinho, intitulada “Três anos da morte do jovem Giovanne Gabriel: Por Justiça e em Defesa da Vida”. Na carta, ela relata o sofrimento desde a morte de seu filho e pede ao desembargador que agilize o julgamento e marque o júri.
Os policiais militares estão recorrendo para suspender o júri nos tribunais superiores, mas os desembargadores estaduais negaram a continuidade do processo. Em abril de 2022, os três policiais militares presos foram soltos pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte.
Gabriel desapareceu em junho de 2020 quando ia de bicicleta para a casa de sua namorada. Seu corpo foi encontrado com perfurações no crânio e braceletes de plástico presos nos pulsos. Segundo a investigação da Polícia Civil, ele foi assassinado após ser confundido com um ladrão. Os policiais abordaram Gabriel, mesmo depois de ter sido liberado por outra viatura, e o colocaram na mala do veículo, sendo este o último momento em que foi visto com vida.
As investigações indicam que os três policiais executaram Gabriel e abandonaram seu corpo em uma região de mata. O caso envolve a participação de um sargento da Polícia Militar suspeito de envolvimento no crime de roubo em Parnamirim.
Foto: Cedida pela família
Siga o Por Dentro do RN também no Instagram e mantenha-se informado.