Pesquisa aponta aumento médio de 50% na remuneração de quem passa por instituições de ensino internacionais; faculdade aposta em soluções como bolsas integrais e aulas remotas com professores nativos
Estudar no exterior e ser fluente em um segundo ou terceiro idioma podem garantir uma carreira promissora. Segundo levantamento feito pela Business Marketing International (BMI), o salário de quem estuda fora do país tem um aumento médio de 50% após a conclusão do curso. Além disso, uma pesquisa da plataforma de recrutamento e seleção Catho revelou que ter proficiência em inglês pode aumentar a remuneração em até 60%.
Mas para universitários de instituições privadas que trabalham – são 61,8%, segundo o Mapa do Ensino Superior no Brasil do Instituto Semesp – bancar um curso de idiomas e uma graduação ou pós-graduação fora do país pode ser desafiador. “A dificuldade de compreensão de uma língua estrangeira, os custos de uma escola de idiomas e de uma graduação em outro país e o próprio emprego, que impede o estudante de passar um longo período afastado, podem adiar o sonho da mobilidade acadêmica”, explica Larissa Clare, coordenadora de internacionalização da Estácio, uma das maiores instituições de ensino superior do país.
A boa notícia é que parcerias e bolsas integrais são um mecanismo cada vez mais adotado para encurtar o caminho do estudante até a universidade estrangeira receptora. A Estácio, por exemplo, mantém convênio com 21 faculdades internacionais, abrangendo países como Estados Unidos, Argentina, Chile, Uruguai, França, Holanda, Portugal e Coreia do Sul.
“Graças a convênios com instituições prestigiadas e soluções criadas pela universidade de origem, como é o caso da Estácio, é possível vivenciar a internacionalização, uma experiência única que, entre os diversos benefícios, desenvolve soft skills, como empatia e resiliência”, completa Larissa. “Durante a sua temporada, que varia de seis meses a um ano, a vaga do discente no curso aqui no Brasil, bem como outros benefícios que tenha, é assegurada. Já as bolsas integrais – aéreo, transfer, estadia, alimentação e seguro viagem – são viabilizadas por meio de acordos com empresas privadas”, esclarece Larissa.
Mobilidade acadêmica de curta duração
Outra opção para realizar uma imersão internacional é a mobilidade de curta duração. Em julho, um grupo com 40 estudantes de cursos de saúde da Estácio no Rio de Janeiro irão para Buenos Aires por uma semana com todas as despesas pagas. Os alunos farão participarão de aulas na Fundação Barceló, considerada uma das melhores instituições privadas de saúde da Argentina, além de conversas com profissionais que atuaram na pandemia e na realização de atividades culturais.
Para a estudante de Biomedicina, Clara Sales (25 anos), mãe da Helena, de cinco anos, o programa de uma semana de duração é mais um incentivo para quem tem filhos e não pode se ausentar por um longo período. Fluente em espanhol, Clara acredita que a vivência na Fundação Barceló será enriquecedora.
“Será uma oportunidade de ampliar minhas perspectivas sobre a graduação e minhas habilidades profissionais, tendo contato com especialistas de outro país e falando outra língua. Além disso, conhecerei uma cidade incrível”, declara.
A percepção da Carla Silva (51 anos) é a mesma. Ela, que concilia os estudos de Biomedicina com o trabalho, vai participar do mesmo programa. “Será uma experiência única e incrível para a minha vida acadêmica e para um futuro profissional de muito sucesso. Vou aproveitar cada minuto dessa oportunidade de adquirir novos aprendizados e ampliar o meu conhecimento na área da saúde em outro país. Tenho muito orgulho de ter chegado até aqui”, comemora.
Além dos estudantes da área de saúde, cinco alunas de outros cursos ofertados pela instituição embarcaram em junho para a Espanha, para estudarem na Universidade de Salamanca, via programa Santander Top España, com todas as despesas pagas.
Internacionalização remota
Na impossibilidade de viajar rumo a uma universidade estrangeira por motivos profissionais, Larissa Clare conta que os estudantes podem concorrer a programas remotos de cinco semanas em que as aulas são ministradas por professores nativos.
“No primeiro semestre deste ano, mais de 280 estudantes da Estácio de diversas regiões do país participaram do projeto de língua espanhola, e no próximo semestre estão previstas novas vagas para os idiomas Inglês e Espanhol. O critério de seleção considera o desempenho acadêmico e a ideia é premiar com estes programas de mobilidade nossos alunos que possuem as melhores notas, inclusive, como forma de reconhecê-los”, informa.
Programa de Língua e Cultura
Para auxiliar os estudantes a adicionarem um segundo idioma ao seu currículo, a Estácio também desenvolveu um projeto gratuito de aulas de inglês e espanhol para alunos e professores da instituição, com certificado de proficiência.
“O curso tem duração de três meses, ocorre via plataforma digital e é um importante ganho para quem está prestes a realizar parte dos estudos em uma universidade estrangeira, mas não domina o idioma local. O mais importante é que todos os discentes, mesmo quem não fará a internacionalização, podem se inscrever. No primeiro semestre deste ano, tivemos mais de 8 mil alunos participando destas aulas e em breve iremos ampliar o programa, oferecendo também aulas de francês”, descreve Larissa Clare.
Foto: Pexels
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