Esquema de pirâmide financeira deixa rastro de prejuízos e prisões no RN
O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) realizou nesta segunda-feira (17.jul.2023) a operação Gizé, com o objetivo de desmantelar um esquema de pirâmide financeira que tem prejudicado várias vítimas por meio de fraudes. A ação resultou na prisão preventiva de um dos responsáveis pelo esquema, enquanto outro suspeito está foragido da Justiça. O MPRN obteve também o bloqueio de contas e a indisponibilidade de bens de duas empresas e de três homens sócios envolvidos no esquema.
A operação Gizé contou com o apoio da Polícia Militar e cumpriu quatro mandados de busca e apreensão. No total, quatro promotores de Justiça, 17 servidores do MPRN e 16 policiais militares participaram da ação. Além da prisão e do bloqueio de bens, o MPRN também conseguiu a indisponibilidade de veículos e ações de previdência dos investigados.
Os crimes relacionados à pirâmide financeira foram realizados por meio de um site que se apresentava como um grupo de investimento no mercado financeiro. Utilizando a estratégia de “marketing multinível”, a empresa atraía consumidores prometendo lucros e benefícios futuros muito acima do esperado. No entanto, após atrair investidores, a empresa deixou de remunerá-los conforme o combinado, gerando denúncias de fraude.
Os investigados passaram a dissimular a origem ilícita dos valores obtidos e tentaram ocultar suas atividades fraudulentas. Após sucessivos atrasos nos pagamentos aos clientes, a empresa ficou marcada por práticas ilegais e, embora tenha sido oficialmente encerrada em 2017, os sócios continuaram a operar utilizando outra pessoa jurídica, acumulando capital às custas das vítimas lesadas.
A nova empresa foi criada pelos sócios pouco antes do encerramento formal da anterior, no mesmo endereço e com os mesmos sócios. Isso permitiu que os valores da empresa extinta fossem transferidos para a nova entidade, facilitando a ocultação da origem ilícita do dinheiro.
A operação Gizé apreendeu documentos, computadores, mais de 3,5 mil dólares em espécie e aparelhos de telefonia celular. O material será investigado para verificar se novos crimes foram cometidos contra outras vítimas por meio da implementação de outras pirâmides financeiras. O suspeito preso está sob custódia do sistema prisional potiguar, à disposição da Justiça.
Foto: Divulgação/MPRN
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