Reviravolta nas declarações do advogado Cezar Bitencourt sobre acusações de envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro em esquema de desvio de presentes milionários
Em uma nova reviravolta, menos de 24 horas após afirmar a diversos veículos de imprensa que o tenente-coronel Mauro Cid estava prestes a acusar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de ser o mandante de um esquema de desvio de presentes milionários destinados à Presidência da República, o advogado Cezar Bitencourt voltou atrás, negando ter mencionado transações relacionadas a joias recebidas por delegações estrangeiras pelo ex-presidente.
No início desta sexta-feira (18.ago.2023), Bitencourt enviou uma mensagem ao jornal O Estado de S. Paulo, afirmando: “Não tem nada a ver com joias! Isso foi erro da Veja, não se falou em joias [sic]”. As informações foram publicadas pelo Estadão.
A revista Veja, citada pelo advogado, havia publicado na noite de quinta-feira (17.ago), que Mauro Cid estava disposto a confessar ter vendido joias nos Estados Unidos por ordem de Bolsonaro. A matéria também sugeria que os recursos obtidos teriam sido enviados ao ex-presidente, levantando possíveis acusações de peculato e lavagem de dinheiro.
Além da Veja, Bitencourt reiterou a nova linha de defesa em conversas com outros veículos, enfatizando a possibilidade de caracterização do caso como contrabando e mencionando crimes relacionados ao sistema financeiro. O advogado ainda declarou: “Mas o dinheiro era do Bolsonaro”.
A atuação de Bitencourt como defensor de Cid começou na terça-feira, 15, quando ele indicou que a estratégia legal seria demonstrar que o tenente-coronel estava apenas cumprindo ordens, mesmo que consideradas “ilegais e injustas”, sinalizando uma potencial mudança na dinâmica das acusações.
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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