Reunião pontuou as demandas e reivindicações dos moradores daquela comunidade
As dificuldades vivenciadas por cerca de 7 mil pessoas da comunidade Village de Prata, no Planalto, Zona Oeste de Natal, foi tema de Audiência Pública na Câmara Municipal, na manhã da quinta-feira (23), atendendo a uma proposição da vereadora Júlia Arruda (PCdoB).
Com o tema: “Comunidade Village de Prata – os desafios na implantação de políticas públicas”, a audiência pontuou as demandas e reivindicações dos moradores daquela comunidade, como a construção de uma Unidade de Saúde, a necessidade de um terminal de ônibus e problemas de abastecimento de água.
“Lá precisa ser feito um terminal de ônibus, porque nós não temos. É muito complicado para sair de casa, a caminhada é longa e lá é muito esquisito, muito escuro”, falou Ana Claudia, moradora da comunidade há dois anos.
O Village de Prata foi inaugurado em 2018 com oito empreendimentos, oito blocos de apartamentos distribuídos em 1700 apartamentos. Para a vereadora Júlia Arruda, a população de cerda de 7 mil habitantes é equivalente a uma cidade de pequeno porte com toda a sua complexidade e as vulnerabilidades.
“Nós acompanhamos de perto toda a angústia dos moradores que não têm hoje uma educação, não tem um CEMEI, não tem uma escola. Eles também não tem uma unidade de saúde, não tem sequer transporte. O transporte que tem no Village de Prata é no terminal do Planalto. Então, eles têm que se deslocar uma boa parte a pé e no escuro. Tem também a falta de água. O poço perfurado no início da instalação não dá vazão para os demais empreendimentos que foram inaugurados ao longo desses anos. Hoje é uma oportunidade para dialogarmos com todos. Todas as secretarias foram convidadas”, explicou a vereadora.
Participaram do debate representantes das pastas municipais: SEMSUR, STTU, Educação, Saúde E Secretaria da Habitação, Além da Caixa Econômica Federal e CAERN.
Sobre os esclarecimentos, Rawllison Medeiros, representando a Secretária Municipal de Saúde, informou que a construção da Unidade de Saúde teve problemas em decorrência do desnível no terreno que acabou alterando o projeto original e atrasando a obra. O novo projeto tem o prazo de ser executado entre janeiro e fevereiro do próximo ano.
Para Guto Castro, representando a STTU, desde segunda-feira passada foi alterado de 7 para 39 viagens de ônibus para atender a reivindicação da comunidade. Segundo o representante, a STTU também está avaliando a instalação do terminal e a entrada das linhas 38 e 40. Já Thiago Melo, representante da CAERN, falou que um segundo poço já foi perfurado.
“Foi perfurado o primeiro poço pela construtora e ele não atendeu a vazão colocada em nossa viabilidade, que era de 150. Então, ficou verificado que esse poço não é suficiente para atender a demanda da população. Nesse sentido, a CAERN perfurou um segundo poço, embora não fosse de sua atribuição inicial. Esse segundo poço ainda resta a Caixa Econômica realizar a instalação de uma bomba e interligação no reservatório do condomínio”, explicou o representante.
Foto: Francisco de Assis
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