Engenheiro civil dá orientações sobre manutenções preventivas para as edificações; Inmet alerta para chuva com ventos intensos e descargas elétricas em 111 municípios
Com o alto volume de chuvas registrado por todo o Rio Grande do Norte nesta segunda e terça-feira (27 e 28), é necessário estar atento aos cuidados com a segurança dentro e fora de casa. Em Natal, o boletim pluviométrico da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn) apontou 194.9mm nas últimas 24h e a Defesa Civil já orienta que os cidadãos evitem sair de casa e planejem seus trajetos pela cidade, que acumula diversos pontos de alagamento.
Além disso, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para a continuação das chuvas intensas em 111 municípios hoje, com estimativa de 30 e 60 mm/h, ventos intensos (60-100 km/h), risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas. Neste cenário, o momento é de prevenir e buscar identificar possíveis problemas também nas estruturas do imóvel antes dos possíveis transtornos causados pelo aguaceiro.
Mesmo que a edificação não esteja em área de risco, cuidados básicos podem ser tomados para evitar um maior desgaste na construção e também garantir segurança à estrutura.
De acordo com Pedro Andrade, professor do curso de Engenharia Civil da Estácio, é de grande importância que se mantenha a manutenção do imóvel antes do período das chuvas. “Em muitas situações, pela falta de manutenção, algumas falhas são identificadas somente após a ocorrência da chuva. Nesses casos, é necessário aguardar dias de sol para os serviços adequados serem executados”, explica.
Geralmente, as estruturas que mais apresentam defeitos são as calhas, telhados, paredes e fundações sem impermeabilização. “A respeito das calhas, é necessário observar se há alguma obstrução. É comum o acúmulo de folhas para quem tem árvores próximas à casa. Os telhados, da mesma forma, devem sempre ser limpos e as tenhas estarem bem encaixadas”, elenca.
Durante a chuva, os moradores devem-se atentar para locais de acúmulo de água em pisos, paredes e coberturas. “As infiltrações são casos complicados, por demandarem experiência e conhecimento na área para o reconhecimento da causa, muitas vezes difícil de identificar. Em muitas situações, a obra de impermeabilização ou drenagem é necessária”, destaca.
Andrade, que também é especialista em instalações, acrescenta que em casos de bairros sem o saneamento básico é preciso que os usuários instalem em suas residências sistemas de drenagem e esgoto sanitário com calhas, caixas coletoras, sumidouro de águas pluviais, tanque séptico e sumidouro de esgoto para evitar maiores danos.
“Também é primordial não interligar clandestinamente o esgoto sanitário na rede pública de drenagem. Este tipo de ligação compromete a do abastecimento de água, possibilita a contaminação e danos ambientais. Ainda pode ocorrer o rompimento da tubulação, surgimento de odores indesejáveis e, consequentemente, transmissão de doenças”, alerta.
Para a verificação dos problemas estruturais nos imóveis e soluções, o especialista ainda orienta, o ideal é buscar um profissional para realizar o serviço. Caso o imóvel esteja em área de risco, deve-se procurar apoio da Defesa Civil pelo telefone 190.
Foto: Ana Lúcia Gomes/Governo do RN/Ilustração
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