Combustíveis e alimentos podem ter aumento nos preços devido bloqueio da BR-304

Combustíveis e alimentos podem ter aumento nos preços devido bloqueio da BR-304

Interdição da rodovia impacta logística e aumenta custos do transporte

As intervenções na BR-304, devido ao desabamento de uma ponte em Lajes, acendem preocupações sobre os custos do transporte de combustíveis, potencialmente refletindo no bolso do consumidor. Maxwel Flor, presidente do Sindipostos RN, pondera que os efeitos não devem ser expressivos, citando a rota alternativa pela Estrada do Óleo, que permanece intacta, e garantindo a estabilidade no abastecimento do Estado.

Segundo Flor, a BR-304 não é a principal rota para o transporte de combustíveis da Refinaria, porém, reconhece que haverá impactos logísticos em certas áreas do Estado. Ele destaca que, apesar dos desvios mitigarem o problema, o tempo de entrega e os custos de frete tenderão a aumentar, especialmente devido ao congestionamento previsto na Estrada do Óleo.

A preocupação se estende à Estrada do Óleo (RN-401), que já enfrenta problemas estruturais e agora enfrenta aumento de tráfego devido ao desvio da BR-304. Maxwel Flor alerta para a possível deterioração das condições da estrada e o impacto direto no tempo de entrega dos combustíveis, embora afirme que o desabastecimento imediato não é uma ameaça.

Equipes técnicas do DER, DNIT e Defesa Civil realizaram inspeções para avaliar os danos causados pelas chuvas e estabelecer medidas necessárias. Rotas alternativas foram divulgadas para desviar o trecho interditado da BR-304, mas sem previsão de liberação, o que implica em custos adicionais para o transporte.

O economista e professor da UFRN, William Eufrásio Nunes, alerta que o bloqueio pode impactar os preços de diversos produtos, especialmente alimentos. O presidente da Assurn, Mikelyson Góis, prevê aumento nos preços devido aos custos adicionais com frete, especialmente para produtos perecíveis que dependem de entregas rápidas.

Segundo Nunes, o aumento dos custos devido ao uso de rotas alternativas e o consequente desgaste dos veículos será repassado para os preços dos produtos, porém, não deve gerar inflação significativa devido à natureza localizada do problema.

Foto: Divulgação/Sejus

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