Analfabetismo no RN é quase o dobro da média nacional

Analfabetismo no RN é quase o dobro da média nacional

Taxa de 13,8% é inferior à média do Nordeste, que registra 14,2%

A taxa de analfabetismo no Rio Grande do Norte atingiu 13,8%, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Censo Demográfico 2022. O índice representa quase o dobro da média nacional de 7%.

Os dados referem-se a pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler e escrever uma carta simples, totalizando aproximadamente 365 mil indivíduos no estado, de uma população de 2,6 milhões acima dessa faixa etária.

Apesar de elevada, a taxa de analfabetismo no estado ficou abaixo da média do Nordeste, que foi de 14,2%, a maior do país. Em comparação à pesquisa de 2010, houve uma melhora relativa, com o índice de alfabetizados no Nordeste aumentando de 80,9% para 85,79%.

Taxas de analfabetismo por estado no nordeste

  • Alagoas: 17,6%
  • Piauí: 17,2%
  • Paraíba: 15,9%
  • Maranhão: 15%
  • Ceará: 14,1%
  • Rio Grande do Norte: 13,86%
  • Sergipe: 13,81%
  • Pernambuco: 13,4%
  • Bahia: 12,6%

O IBGE também apontou desigualdades raciais no analfabetismo no RN: pessoas pretas têm a maior taxa (20%), seguidas por pardas (14,7%) e brancas (10,9%).

Entre os gêneros, os homens apresentam uma taxa de 16,6%, superior às mulheres, que registram 11,3%. A faixa etária com menor taxa de analfabetismo é de 15 a 19 anos (2,7%), enquanto pessoas com 65 anos ou mais têm uma taxa de 37,2%.

Taxas de Analfabetismo por Faixa Etária no RN

  • 15 a 19 anos: 2,7%
  • 20 a 24 anos: 3%
  • 25 a 35 anos: 4,1%
  • 35 a 44 anos: 8,9%
  • 45 a 54 anos: 17,3%
  • 55 a 64 anos: 24,1%
  • 65 anos ou mais: 37,2%

Importância do Censo

O Censo é uma pesquisa realizada pelo IBGE para coletar dados sobre a população brasileira, traçando um perfil socioeconômico do país. Essas informações são essenciais para a criação de políticas públicas e direcionamento de recursos em áreas como saúde, educação, habitação, transportes e energia. Os dados foram coletados por entrevistas presenciais (98,9%), por telefone ou preenchimento de formulário online.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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