Divisão entre entidades sindicais marca negociação com o governo federal
Após mais de 40 dias de greve, os professores federais permanecem divididos quanto à aceitação da proposta de reajuste salarial oferecida pelo governo federal. A Federação de Sindicatos de Professores (Proifes) aceitou a proposta, que prevê reajustes diferenciados até 2026, variando de 13,3% a 31,2% conforme o nível salarial. No entanto, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) rejeitou a oferta, defendendo a continuidade da paralisação.
A proposta do governo foi apresentada após intensas negociações mediadas pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos. A proposta inclui, além dos reajustes salariais, melhorias nas condições de trabalho e investimentos em infraestrutura educacional. Apesar da aceitação parcial da proposta, a falta de consenso entre as entidades sindicais dificulta a resolução do impasse e mantém a greve ativa em várias instituições federais de ensino.
O Andes-SN argumenta que os reajustes oferecidos são insuficientes para compensar as perdas inflacionárias acumuladas nos últimos anos e que a proposta não atende às demandas específicas dos professores. A entidade também critica a falta de diálogo direto com a base sindical antes da aceitação da proposta pelo Proifes.
A greve continua afetando o funcionamento das universidades e institutos federais em todo o país, prejudicando milhares de estudantes. O governo federal reitera sua disposição para o diálogo e busca uma solução que possa encerrar a paralisação e garantir a retomada das atividades acadêmicas.
Foto: Adurn/Ilustração
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