Inquérito apontou que o suspeito, encontrado morto, agiu sozinho no assassinato de Emilly Félix
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte finalizou as investigações sobre o brutal assassinato da adolescente Emilly Roniclesia Porto Félix, de 15 anos, ocorrido em julho do ano passado na cidade de Patu, região Oeste do estado. O desfecho do inquérito, concluído nesta segunda-feira (23.set.2024), determinou que o cunhado da vítima foi o autor único do crime. A possibilidade da participação de um segundo suspeito foi descartada.
De acordo com o delegado Paulo Cesário, da 71ª Delegacia de Polícia de Patu, o laudo final recebido recentemente consolidou as suspeitas que recaíam sobre o cunhado desde o início das apurações. “Com base em diversas evidências, chegamos à conclusão de que ele foi o responsável pelo homicídio”, afirmou o delegado. A investigação, que levou 14 meses, incluiu uma série de perícias avançadas, como análises de celulares e o uso da técnica de “mantrailing”, que recorre a cães farejadores para rastrear indivíduos específicos através de seus odores.
A tragédia começou em 15 de julho de 2023, quando Emilly saiu de casa, no bairro Fomento, em Patu, por volta das 20h, dizendo que iria encontrar sua mãe em uma churrascaria. No entanto, a jovem nunca chegou ao local e seu corpo foi encontrado dois dias depois, em uma área rural, carbonizado. As suspeitas logo se concentraram no cunhado da jovem, que foi a última pessoa a estar em sua companhia, conforme depoimentos colhidos.
O suspeito chegou a prestar depoimento dois dias após o desaparecimento, mas foi liberado por falta de provas suficientes para justificar a prisão preventiva. No entanto, um dia após o interrogatório, o homem foi encontrado morto em um hotel na cidade de Mossoró, o que não interrompeu as investigações, que se aprofundaram na tentativa de verificar se havia mais envolvidos no crime. Agora, com o fim do inquérito, o caso será analisado pela Justiça.
Foto: ASSECOM-RN/Ilustração
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