Ex-presidente se manifesta sobre indiciamento, enquanto senador do RN lamenta “perseguição política” e espera imparcialidade na investigação
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (21.nov.2024) por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. O indiciamento faz parte da conclusão do inquérito que investiga a atuação coordenada de uma organização criminosa, responsável por tentar impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin em 2022, após a derrota de Bolsonaro nas eleições presidenciais. A medida atinge, além de Bolsonaro, outras 36 pessoas, incluindo o ex-presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Em resposta ao indiciamento, Bolsonaro usou as redes sociais para criticar o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), acusando-o de conduzir o inquérito de maneira inadequada. Segundo o ex-presidente, Moraes tem “ajustado depoimentos, feito pesca probatória” e agido de forma “criativa”, desrespeitando a lei. Bolsonaro afirmou que aguarda o parecer de seus advogados sobre o caso e que, só então, se pronunciará novamente. Ele também comentou que o indiciamento seguirá para a Procuradoria-Geral da República (PGR), onde espera um processo mais justo.
Por outro lado, o senador Rogério Marinho (PL-RN) se pronunciou sobre o indiciamento, considerando a decisão uma continuidade da “perseguição política” a Bolsonaro e a outros membros de seu espectro político, como Valdemar Costa Neto. Marinho afirmou que a decisão da PF era esperada e que a PGR, ao ser acionada pelo STF, deve focar nas “provas concretas” e não em “meras ilações”. O senador também reforçou o compromisso com a manutenção do Estado de Direito e expressou confiança de que o processo levará à “normalidade institucional e fortalecimento da democracia”.
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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