Ex-presidente refuta acusações e afirma que jamais compactuaria com golpe ou ações contra o Estado Democrático de Direito
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou, em entrevista à revista Veja, ter conhecimento ou envolvimento em um suposto plano para assassinar autoridades, incluindo o presidente Lula (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes. A declaração ocorre após a Polícia Federal (PF) revelar, no dia 19, detalhes sobre a trama, supostamente elaborada por militares próximos ao governo Bolsonaro.
“Eu nunca soube de plano nenhum para matar ninguém. Se alguém pensa nisso, o que tenho a ver com isso? Nunca discuti tal coisa”, afirmou Bolsonaro. Ele também destacou que não compactuaria com ações que ferissem a Constituição.
O caso ganhou novos desdobramentos com a prisão do general da reserva Mário Fernandes, apontado como autor do plano, batizado de “Punhal Verde e Amarelo”. A defesa do militar solicitou sua transferência para Brasília, alegando que ele está preso longe de sua residência.
De acordo com as investigações, o plano incluía o uso de armas, explosivos e até envenenamento para promover um golpe de Estado. A PF indiciou Bolsonaro, Fernandes e outras 35 pessoas por envolvimento na trama.
As ações da Polícia Federal reforçam a gravidade da situação, que aponta para a tentativa de desestabilizar o Estado Democrático de Direito no Brasil. Enquanto isso, promotores citados no documento do plano expressaram perplexidade com a inclusão de seus nomes, negando qualquer envolvimento.
O caso segue em investigação, e as acusações devem ser analisadas pelo STF, com possíveis repercussões políticas e jurídicas de longo alcance.
Foto: Lula Marques/Agência Brasil
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