Ex-presidente é investigado pela Polícia Federal em inquérito sobre tentativa de golpe em 2022
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a ser o centro das atenções políticas ao negar qualquer envolvimento em um suposto plano de assassinato contra o presidente Lula (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante uma entrevista na segunda-feira (25.nov.2024), no Aeroporto Internacional de Brasília, Bolsonaro demonstrou preocupação com a possibilidade de ser preso, reforçando que não há fundamento nas acusações.
“Essa história de assassinato de autoridades foi jogada ao vento. No meu entender, nada foi iniciado. Não podemos querer agora punir o crime de opinião”, afirmou. Questionado sobre o plano atribuído a ele, negou veementemente: “Dentro das quatro linhas [da Constituição] não existe pena de morte. Isso não cola.”
Bolsonaro e outras 36 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal na última semana no âmbito de um inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado no final de 2022. O relatório da investigação foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, que deverá decidir se envia a denúncia à Procuradoria Geral da República (PGR) para análise e possíveis medidas judiciais.
Apesar das acusações, o ex-presidente destacou que tem receio de ser preso a qualquer momento. “Eu posso ser preso ao sair daqui [do aeroporto]. Tudo é possível neste momento político”, afirmou.
Seu advogado, Paulo Amador, manifestou expectativa de que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, adote uma postura equilibrada ao avaliar o caso. A defesa de Bolsonaro insiste que as acusações carecem de evidências concretas e atribui o inquérito a perseguições políticas.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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