Mais de 80 municípios utilizam lixões a céu aberto, enquanto apenas 10% têm coleta seletiva; pesquisa revela cenário preocupante
Um levantamento divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira (28.nov.2024) mostra que o Rio Grande do Norte enfrenta grandes desafios no saneamento básico e na gestão de resíduos sólidos. De acordo com o Suplemento de Saneamento da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC) 2023, 48,5% dos municípios potiguares ainda utilizam lixões a céu aberto, enquanto apenas 10,2% possuem coleta seletiva.
Dos 167 municípios do estado, 150 (89,8%) não têm instrumentos legais que regulamentem a coleta seletiva. Além disso, apenas 38 contam com aterros sanitários, enquanto 67 utilizam aterros controlados. A situação reflete a falta de estrutura e políticas públicas efetivas na área.
Apesar disso, 64,7% das cidades já implementaram uma Política Municipal de Saneamento Básico, abrangendo abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e drenagem de águas pluviais. Contudo, 23,3% estão em processo de elaboração e 17,4% ainda não possuem planejamento, o que compromete a universalização dos serviços.
A pesquisa também revelou a baixa presença de Conselhos Municipais de Saneamento Básico: apenas 16,2% dos municípios contam com conselhos exclusivos para o tema, e 72,4% não possuem nenhuma instância de participação social.
Outro dado preocupante é que apenas 2,4% dos municípios têm políticas de educação ambiental voltadas para o saneamento.
Foto: Tânia Rêgo/ABr
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