Dados do IBGE mostram queda de 0,3% no último trimestre, mas estado ainda lidera ranking nacional de desocupação
O Rio Grande do Norte registrou a 5ª maior taxa de desocupação do Brasil no último trimestre de 2024, com 8,5% da população economicamente ativa sem emprego. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Apesar de apresentar uma leve queda de 0,3% em relação ao trimestre anterior, o estado permanece entre os mais afetados pelo desemprego no país.
Pernambuco lidera o ranking nacional com uma taxa de 10,2%, seguido por Bahia (9,9%), Distrito Federal (9,1%) e Amapá (8,7%). O RN, com 8,5%, supera a média nacional (6,2%) e a regional do Nordeste (8,5%). A capital potiguar, Natal, apresentou uma taxa de 6,8%, com redução de 1,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.
Desemprego no RN: análise por gênero, raça e nível de instrução
A pesquisa do IBGE também destacou diferenças significativas na taxa de desocupação quando analisados gênero, raça e nível de instrução. Entre as mulheres, a taxa caiu de 10,6% para 10,5%, enquanto entre os homens a redução foi de 7,5% para 7,2%.

Em relação à raça/cor, pretos (8,9%) e pardos (8,2%) apresentaram taxas superiores à média nacional, que é de 7,5% e 7,0%, respectivamente. Já os brancos no RN tiveram uma taxa de 9,1%, acima da média brasileira de 4,9%. Em Natal, apenas a taxa para brancos (7,0%) superou a nacional.
O nível de instrução também influenciou os números. Pessoas com ensino fundamental completo tiveram a maior taxa de desocupação (14,3%), seguidos por aqueles com ensino médio incompleto (13,3%). Já os potiguares com ensino superior completo registraram uma taxa de 5,8%, cerca de 2,5 vezes menor que a dos que não concluíram o ensino fundamental.
Informalidade no mercado de trabalho potiguar
Outro dado relevante da PNAD Contínua é o aumento da informalidade no RN. No último trimestre de 2024, 42,2% dos trabalhadores estavam em condições informais, um aumento de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. O estado ocupa a 13ª posição no ranking nacional de informalidade, subindo três posições em relação ao período anterior.

Apesar do aumento, o RN tem o menor percentual de informalidade entre os estados nordestinos, ficando abaixo da média regional (50,9%) e acima da nacional (38,6%).
Rendimento médio e população economicamente ativa
O rendimento médio mensal no RN no último trimestre de 2024 foi de R$ 2.609,00 e R$ 14,00 em relação ao trimestre anterior (R$ 2.623,00). A pesquisa estimou que, dos 2,98 milhões de potiguares em idade de trabalhar (14 anos ou mais), 1,59 milhão estavam na força de trabalho, sendo 1,462 milhão ocupados e 137 mil desocupados.
Conclusão dos dados
O último trimestre de 2024 foi o melhor do ano para o RN em termos de desemprego, com queda na taxa de desocupação e estabilidade no mercado de trabalho. No entanto, o estado ainda enfrenta desafios significativos, como a alta informalidade e disparidades relacionadas a gênero, raça e nível de instrução.
Foto: Tony Winston/Agência Brasília / Pedro Ventura/Agência Brasília / Dênio Simões/Agência Brasília
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