Categoria reivindica pagamento integral do reajuste salarial de 6,27% e mantém pressão sobre o governo estadual
A greve dos professores da rede estadual do Rio Grande do Norte, iniciada em 25 de fevereiro, ganhou novo capítulo nesta terça-feira (11.mar.2025) com um ato público em frente à Governadoria, no Centro Administrativo do Estado, localizado no bairro Lagoa Nova, na Zona Sul de Natal. O movimento, organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte-RN), mobilizou a categoria e chamou a atenção da comunidade local.
Apesar da pressão exercida pelos grevistas, não houve avanços significativos nas negociações. Uma audiência entre o Sinte-RN e o Secretário-Adjunto do Gabinete Civil, Ivanilson de Souza Maia, foi realizada, mas o governo não apresentou uma nova proposta para atender às reivindicações dos professores.

A principal demanda da categoria é o pagamento integral do reajuste de 6,27% do Piso Salarial Nacional do Magistério, tanto para os profissionais ativos quanto para os aposentados. O impasse já dura três semanas, e os professores seguem firmes na luta por melhores condições salariais.
Ivanilson de Souza informou ao sindicato que aguarda uma possível reunião entre a governadora Fátima Bezerra, que está em Brasília, e o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro é responsável por julgar a Reclamação Constitucional apresentada pelo Sinte-RN, que busca garantir o cumprimento do reajuste salarial.
Enquanto isso, o Sinte-RN continua mobilizando a categoria e a comunidade. A próxima assembleia geral está marcada para o dia 17 de março, quando os professores decidirão os próximos passos da greve. Além disso, nos dias 12 e 13 de março, os educadores farão visitas às escolas para dialogar com pais, alunos e funcionários sobre a importância da luta por melhores salários.
No dia 14 de março, estão previstas reuniões com professores temporários, que também são afetados pela falta de reajuste. O sindicato ainda realiza um levantamento do quadro de greve nas escolas estaduais, avaliando o impacto da paralisação no calendário escolar.
Outra ação programada é a participação dos professores em uma caravana no dia 19 de março, que acompanhará a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Jucurutu, cidade do interior do estado. A expectativa é que a presença dos grevistas no evento chame a atenção do governo federal para a situação dos educadores potiguares.
A greve dos professores do Rio Grande do Norte reflete um cenário de insatisfação generalizada entre os profissionais da educação, que enfrentam dificuldades para garantir seus direitos básicos. Enquanto as negociações não avançam, a categoria mantém a mobilização e busca o apoio da sociedade para pressionar o governo estadual a atender suas reivindicações.
Foto: Reprodução
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