Aumento no valor do gás de cozinha impacta consumidores; novo preço entra em vigor imediatamente
O preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), conhecido popularmente como gás de cozinha, sofreu um reajuste de 5% no Rio Grande do Norte. O aumento ocorre em decorrência de um reajuste aplicado pela Petrobras, que entrou em vigor na última sexta-feira (21.mar.2025). A informação foi confirmada por Ivo Lopes, presidente do Sindicato dos Revendedores de GLP no RN (Singás-RN).
Novo valor do botijão e impacto no consumidor
De acordo com o presidente do Singás-RN, o reajuste foi informado às distribuidoras de GLP na sexta-feira (21), variando entre R$ 1,49 e R$ 1,99 por unidade no Brasil. As distribuidoras já começaram a repassar o botijão reajustado para as revendedoras, que, por sua vez, transferem o custo para o consumidor final.

O valor médio praticado no estado era de R$ 100 antes do reajuste. Com o aumento, o preço do botijão de 13 kg deve variar entre R$ 104 e R$ 105. Segundo Lopes, o repasse do custo acontece de forma imediata e inclui impostos.
ICMS e variação de preços no estado
A elevação do preço ocorre em meio às mudanças nas alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis e gás de cozinha. Em fevereiro, a nova alíquota entrou em vigor no estado, com reajuste para gasolina, etanol e diesel. No caso do gás de cozinha, houve uma redução de R$ 0,02, passando de R$ 1,41 para R$ 1,39.
A pesquisa mais recente do Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor de Natal (Procon/Natal) apontou que o preço médio do botijão de gás de 13 kg na capital potiguar era de R$ 100 antes do reajuste. O levantamento foi realizado na semana passada em 30 pontos de venda, considerando o porte dos estabelecimentos e o registro de comercialização do produto.
Os valores médios variaram por região da seguinte forma:
- Zona Norte: R$ 96
- Zona Oeste: R$ 98
- Zona Leste: R$ 99
- Zona Sul: R$ 109
A maior variação identificada pelo Procon Natal foi de 27,79%, com o menor preço encontrado a R$ 90 e o maior a R$ 115, uma diferença de R$ 25 para o consumidor.
Cobrança de taxa de entrega e diferenciação nos pagamentos
O presidente do Singás-RN reforçou que os preços são livres para os revendedores, e alguns estabelecimentos incluem o frete no valor final do produto. A prática é legal, desde que informada de forma clara ao consumidor.
A diretora-geral do Procon Natal, Dina Pérez, alerta para a necessidade de atenção na hora da compra. Segundo ela, os estabelecimentos podem cobrar taxa de entrega e aplicar preços diferenciados para pagamentos no cartão de crédito ou via Pix, desde que informem a política de preços de forma visível.
O último levantamento do Procon Natal, realizado em julho do ano passado, apontava um preço médio de R$ 96 para o botijão de gás de 13 kg. Comparado à pesquisa atual, o aumento registrado foi de 4,63%.
A região Oeste apresentou os maiores reajustes no preço do gás de cozinha, enquanto a região Leste registrou as menores variações.
Dina Pérez recomenda que os consumidores pesquisem antes de comprar. “O bolso do trabalhador está cada vez mais apertado. É essencial comparar os preços antes de fechar a compra”, orienta a diretora.
Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília
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