Criminoso ameaça assassinar prefeita Nilda Cruz e invadir escola em mensagens racistas
A prefeita de Parnamirim, Nilda Cruz (Solidariedade), está sob proteção policial após ser alvo de uma série de ameaças de morte e injúrias raciais via WhatsApp. As mensagens, enviadas de um número com DDD 11 (São Paulo), contêm linguagem extremamente agressiva, incluindo ofensas como “macaca” e promessas de execução em até 10 dias. O caso, considerado prioritário pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte, está sendo investigado pela recém-criada Delegacia Especializada no Combate a Crimes Raciais, Intolerância e Discriminação (DECRID).
Detalhes das ameaças recebidas pela prefeita
As mensagens, compartilhadas pela assessoria da prefeita, revelam um tom de extrema violência e ódio racial. Em uma delas, o criminoso escreve:
“Já estou contando as balas. (…) Eu vou te matar e vou sair pela porta da frente como se nada tivesse acontecido. Não vou dizer o dia nem a hora, mas dentro de 10 dias você vai morrer, sua macaca gorda e esquisita!!!”

Além de direcionar as ameaças à prefeita, o autor também fez declarações perturbadoras sobre um possível ataque a uma escola, afirmando que, por ter sofrido bullying no passado, pretende “matar o máximo de negros, homossexuais e praticantes de religiões de matriz africana que encontrar”.
Ações imediatas: Boletim de Ocorrência e escolta armada
Diante da gravidade do caso, Nilda Cruz registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Metropolitana de Parnamirim. O secretário municipal de Segurança, Givanildo Gomes, acionou a Secretaria de Segurança Pública do RN (Sesed), que determinou escolta armada permanente para a prefeita, realizada pela Guarda Municipal.
Polícia Civil assume investigação com foco em crimes raciais
A Polícia Civil do RN emitiu uma nota oficial afirmando que o caso será tratado como prioridade máxima, com a DECRID à frente das investigações. A delegacia, criada recentemente, é especializada em apurar crimes de ódio, racismo e discriminação.

Autoridades acreditam que o criminoso possa estar em São Paulo, devido ao DDD 11, mas não descartam a hipótese de um número clonado ou uso de aplicativos de mensagens anônimas. A Polícia Civil também está cruzando dados com a Polícia de São Paulo para rastrear a origem das ameaças.
Como denunciar crimes de ódio e ameaças
A Polícia Civil reforça que denúncias podem ser feitas anonimamente por meio do Disque Denúncia 181. Além disso, o Ministério Público e a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (Disque 100) também recebem relatos de violações.
Foto: Reprodução/Redes Sociais
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