Dor de cabeça e parestesias estão entre os principais sintomas relatados por pessoas intoxicadas
O consumo de peixes carnívoros de grande porte, como garoupa, sirigado, cavala, pargo, cioba e barracuda, pode representar riscos sérios à saúde, alerta Igor Queiroz, infectologista e professor de medicina da Universidade Potiguar (UnP), cujo curso é parte integrante da Inspirali, melhor ecossistema de educação em saúde do país.
A ameaça vem da ciguatera, uma intoxicação alimentar causada pela ingestão de uma toxina produzida por algas marinhas, que se acumulam na cadeia alimentar e acabam atingindo os seres humanos por meio da carne desses peixes.
Segundo o docente, “os sintomas podem surgir já nas primeiras horas após o consumo do peixe contaminado, variando de quadros gastrointestinais, como diarreia, náuseas e dores abdominais, até sinais neurológicos, como dor de cabeça e parestesias, que são alterações na sensibilidade do paladar e da pele”.
Um dos principais desafios, de acordo com o especialista, é que não há como identificar se o peixe está contaminado ou não. “A toxina não tem cheiro, não tem gosto e não é eliminada pelo congelamento nem pelo cozimento. Ou seja, mesmo um peixe com aparência normal pode estar contaminado”, explica o infectologista.
A ciguatera é uma doença comum em regiões tropicais e subtropicais, especialmente em áreas de recifes de corais, mas ainda pouco conhecida no Brasil, o que pode dificultar o diagnóstico e o tratamento adequado. Por isso, o professor Igor reforça a importância da prevenção como principal forma de proteção. “O ideal é evitar o consumo de grandes peixes carnívoros marinhos, especialmente aqueles pescados em locais onde há registro de casos da doença”, ressalta.
Tratamento
O tratamento da ciguatera é exclusivamente sintomático, ou seja, voltado para o alívio dos sintomas apresentados pelo paciente. Casos leves costumam ser tratados com hidratação oral e medicamentos para controle de náuseas, diarreia e dores.
Já nos quadros mais graves, pode ser necessária internação para reposição intravenosa de líquidos, controle da dor e acompanhamento neurológico. Antialérgicos e analgésicos também são usados para amenizar os sintomas sensoriais, enquanto pacientes com manifestações prolongadas podem precisar de reabilitação e acompanhamento médico a longo prazo.
“O tratamento pode se estender por dias ou até semanas, dependendo da gravidade do quadro. Em casos mais severos, os sintomas neurológicos podem persistir por meses. Por isso, a informação e a conscientização são fundamentais”, frisa o professor da UnP/Inspirali.
Sobre a Universidade Potiguar – UnP
Com 44 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A universidade possui milhares de alunos entre os campi em Natal, Mossoró e Caicó, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, Mestrados e Doutorados. Também contribui para democratização do ensino superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Rio Grande do Norte.

Como formadora de profissionais, a instituição tem compromisso com a cidadania, sempre pautada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais. Este propósito direciona o desenvolvimento e a prática de seu projeto institucional e dos projetos pedagógicos dos cursos que oferece para a comunidade. Além disso, os alunos de Medicina da UnP contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica. Para mais informações: www.unp.br.
Sobre a Inspirali
Criada em 2019, a Inspirali atua na gestão de escolas médicas do Ecossistema Ânima. É uma das principais empresas de ensino superior de Medicina no Brasil, com mais de 13 mil alunos (graduação, pós-graduação e extensão) e 14 instituições – localizadas em capitais como São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis e Natal e em importantes centros de desenvolvimento do país, como Piracicaba (SP), São José dos Campos (SP), Cubatão (SP), Tubarão (SC), Vespasiano (MG) e Jacobina (BA).
As graduações em Medicina seguem modelo acadêmico reconhecido entre os mais inovadores do mundo e pensado para formar profissionais de alta performance com uma visão integral do ser humano. O portfólio da Inspirali contempla também cursos livres e especializações focados na medicina integrativa e aborda temas relevantes no cenário global, a exemplo da pós-graduação em cannabis medicinal, primeiro curso na área certificado pelo Ministério da Educação (MEC). A aprendizagem digital ativa oferece recursos tecnológicos (robôs de alta fidelidade e realidade virtual e aumentada MedRoom) e apoio socioemocional, assim como as atividades práticas e o acompanhamento personalizado.
Foto: Divulgação
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